quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fim de semana em Budapeste


Oi pessoal

Na última segunda-feira foi feriado na Austria, chamado de Nationalfeiertag. Essa data de 26 de Outubro já foi usada para comemorar o Dia da Bandeira e a também para celebrar a neutralidade da Áustria. A partir de 1965 foi promulgada uma Lei Federal determinando que a partir do ano seguinte essa data seria considerada Feriado Nacional. E diferentemente do que ocorrerá no Brasil nesse próximo fim de semana, nao teremos feriado no dia 02 de Novembro, pois aqui o feriado será no domingo dia 01 de Novembro, quando é comemorado o Dia de Todos os Santos (Allerheiligen).

Então antecipamos nosso fim de semana prolongado e aproveitamos para viajar um pouco, já que em breve teremos que assentar nossos esqueletos em casa por um tempinho até que possamos viajar com a Mariana. Fomos para Budapeste que fica a menos de 250 km de Viena. Essa foi nossa segunda visita a essa maravilhosa cidade e sempre voltamos com gostinho de quero mais. Da primeira vez fomos no sábado e retornamos no domingo e mal tivemos tempo de fazer o passeio com o Sightseeing (ônibus de turistas que percorre os principais pontos turísticos). Só fizemos uma parada na Citadella, que nada mais é do que um morro do lado de Buda com vista espetacular para o Panorama do Danúbio, vista esta que foi tombada como patrimônio da Unesco.

Dessa vez, ficamos instalados em um hotel-spa chamado Ramada Resort. Simplesmente um espetáculo. Dentro do hotel existe o Aquaworld que é um conjunto de piscinas termais com toboáguas, etc. A temática do espaço é mais ou menos uma coisa Indiana Jones, lembra as pirâmides maias, ou alguma civilização antiga. É possível passar o dia no Aquaworld sem estar hospedado no Resort pagando uma taxa de entrada por pessoa. Para chegar ao Aquaworld estando hospedado no Resort existe uma passagem interna por dentro das piscinas localizadas no próprio hotel e que também nada deixam a desejar. A temperatura externa nesse fim de semana estava em torno de 10 graus ou menos, mas menos assim é possível aproveitar as piscinas externas que ficam com temperatura em torno dos 34 graus. Deve ser maravilhoso aproveitar as piscinas internas no inverno, pois são protegidas por uma espécie de bolha de vidro. Imagina só você descansando na boa e olhando para a neve que cai do lado de fora. Como ainda estou aprendendo a ser blogueira, prometo que em breve colocarei um post só com fotos, pois a vista merece. Mas por enquanto, seguem algumas maravilhas de Budapeste.


Vista de Peste a partir do Castelo de Buda





Bolha principal do Aquaworld. As luzes mudam o tempo todo e o visual fica mais incrível ainda.


Bjs


Luciana

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A masculinidade da gravidez e outras conversas...


Oi pessoal

O título pode parecer estranho, pois a gravidez é uma benção direcionada somente para as mulheres. Pelo menos por enquanto, até que a ciência arranje uma barriga artificial nos homens. Mas também é uma época em que nós mulheres nos sentimos um tanto quanto masculinas, por assim dizer. Achou esquisito? Continua a ler e você vai entender o que estou dizendo.

Até que a Mariana nasça, eu sou a única mulher aqui de casa. Temos mais 3 homens que convivem dentro desse lar, sendo eles, o marido, o Serginho e o Pepe (sim, o cachorro). Do sexo "frágil" só eu. Então a meu lar-doce-lar é um verdadeiro show de horrores no assunto gases. Se fizéssemos uma competição de "soltar de pum" e arrotar aqui dentro, ia ser difícil definir o ganhador. Talvez o Pepe ganhe com uma pequena diferença (ah.. eu esqueci de perguntar para o criador se essa raça soltava pum, tá explicado).

Eu e o campeão da casa.

Sempre li, e nem sei se essas leituras tinham fundamento científico, que os homens produzem mais gases que as mulheres. Ou se não produzem, têm menos vergonha na cara. Mas acho dificil um homem produzir mais gases do que uma mulher grávida, Jesus me abane. Alguém poderia fazer o obséquio de explicar o que é isso? Esse negócio caminha no estômago, no intestino, pelos olhos... e pra melhorar dá-lhe luftal. Pelo menos de uma coisa não podem me acusar aqui entre quatro paredes. Mesmo com toda essa profusão de gases continuo sendo a mais comportada desse lar.

Tirando essa questão de gases e afins, acho que vou sentir muita saudade da barriga quando a Mariana nascer. Ela é muito espertinha e delicada. Brincamos até de esconde-esconde. Eu sempre disse que o mais difícil não era o parto e sim os 9 meses de gravidez, mas ela me contradiz o tempo todo. Minha pele está muito boa e meu cabelo cresceu em 3 meses o que leva normalmente 1 ano para crescer. Acho que é a única época da minha vida que não estou comendo basicamente salada e grelhado. Aqui na Austria a maioria das grávidas são gigantes então a minha médica diz que estou super bem e que posso comer a vontade. Vai acreditando... engordei até agora um pouco mais de 6 kg e estou com 28 semanas e meia. Tomara que no tempo que reste eu não me transforme numa baleia assassina ou coisa pior.

E que se Deus permitir, essa menininha seja muito boazinha com a mãe dela e que queira vir para a terra de um parto natural, de preferência com pouca dor (já que é impossível falar sem dor nenhuma). Também que ela não resolva vir antes de 38 semanas e que continue crescendo sem preocupar mais a mamãe e o papai porque está muito pequenininha. Só isso! Será que é pedir demais?

Beijos

Luciana




segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Desejos de grávida

Olá pessoal

Esse post é proibido para grávidas e afins. Não me responsabilizo por danos permanentes surgidos após a leitura, hehe...

Até esse fim de semana eu estava me gabando de ser uma grávida que não tinha os famosos desejos de comida. Sim, o verbo está no passado mesmo. Agora eu tenho.

Até então a única coisa que aparentemente fiquei com desejo foi de uma feijoada por volta do mês de junho. Culpa de uma tia do meu marido que colocou uma foto do prato da feijoada feita para o aniversário dela no orkut. Mas até então podia até ser um desejo de não grávida também, porque aqui em casa todos ficaram loucos pela tal feijoada. Foi um dos meus pedidos e que foram prontamente atendidos pela sogrinha quando estive no
Brasil em julho. Afinal de contas melhor não arriscar né.

Pois bem, ontem a noite estávamos nós 5 deitados na cama (eu, o Maridão, o Serginho, o Pepe e a Mariana dentro da barriga é claro) quando começamos a falar sobre SP. Assim, sem mais nem menos, surgiu uma vontade indescritível de comer a Baked Potato do America. Sim aquela Baked Potato recheada de molho 4 queijos e mousse de gorgonzola. Exatamente aquela que pedíamos nos domingos pelo delivery quando estávamos com preguiça de sair para comer fora.

Agora você pode me perguntar: você não está na terra da batata??? A resposta é sim. Praticamente 90% dos pratos vem acompanhados de algum tipo de batata, inclusive de baked potato, mas nenhuma, eu digo NENHUMA tem o recheio que eu quero. E agora quem poderá me ajudar? Não dava pra ficar com vontade de comer alguma coisa mais fácil de conseguir? E se a Mariana nasce com cara de batata assada? Então a ordem do momento é procurar um lugar que venda baked potato com pelo menos recheio de 4 queijos. Quem tiver alguma sugestão, por favor, deixe nos comentários. Não me deixem passar mais vontade. Alguma coisa vai ter que saciar meu desejo....

Beijos e até mais.

Luciana


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

E o frio chegou...



Lembra daquela propaganda das Casas Pernambucanas?

Toc, toc, toc
Quem bate?
É o frio.
Não adianta bater, eu não deixo voce entrar...

Não era minha intenção escrever tão cedo sobre esse assunto, mas ele insiste para que eu fale.

É incrível como as estações do ano são definidas por esses lados do mundo. Aqui não tem meio termo, ou seja, o que nós brasileiros conhecemos por meia-estação.

Conforme já havia citado no post anterior, chegamos em Viena pela primeira vez em fevereiro e passamos o mês todo por aqui. Nos primeiros 10 dias não vimos neve. Tinha algum resquício de neve nos parques e estava bastante frio, mas ver a neve caindo nada. Nada até começar a cair. Depois da metade do mês de fevereiro começou a nevar violentamente. Nos primeiros dois dias era aquela
neve bonita, que a gente vê em filmes. Depois começou a nevar como se fosse
tempestade, com muito vento. Não dava para sair para fora. Chegamos a ficar quase uma semana dentro do hotel sem sair, só comendo, dormindo e na internet. Li 2 livros nessa semana. Foi um tédio e quase enlouqueci, pois o maridão estava trabalhando e só estávamos eu e o Serginho no quarto. Na TV só programas em alemão. Pra se ter uma idéia do desespero de 2 seres humanos, nossa maior alegria era quando começava um desenho do Mr. Bean num canal, porque como ele praticamente não fala nada, conseguíamos entender o que estava se passando. Agora, apesar de não falar alemão, nossos ouvidos se habituaram e a língua não parece mais tão feia e difícil. Deixamos a TV ligada muitas vezes e não sei se é por osmose, mas algumas pequenas coisas começamos a entender.


Daí voltamos para o Brasil. Beleza, calor de 30 graus em SP. Arrumamos as malas e embarcamos de volta para cá. Embarcamos no dia 20 de março e chegamos no dia 21. No dia 26, foi o último dia que nevou. Lembro perfeitamente porque não estava mais tão frio e estávamos novamente em um hotel. Quando olhamos pela janela estava nevando e nevou praticamente a noite toda.

Na semana seguinte o frio acabou, simplesmente acabou. Tiramos uma foto do painel do carro que estávamos com 21 graus de temperatura externa. Assim do dia para a noite. Sem falar nas árvores que ficaram verdes de um dia para o outro. Incrível.

O verão foi simplesmente insuportável. Pelo menos para uma grávida. Se bem que eu dei uma fugidinha para o Brasil em julho e escapei um pouco do calor daqui. Em agosto por diversos dias tínhamos temperaturas em torno de 36 graus ou mais. E durante a noite em torno de 30. Essa também é uma diferença para o nosso clima tropical. Aqui não existe muita diferença de temperatura entre o dia e a noite. Fica sempre tudo muito parecido. E o agravante no verão, é que as casas não são preparadas para o calor. Então é como se você estivesse dentro de um forno. Não dá para ficar dentro de casa. O meu cachorro é um PUG, se chama Pepe e tem como característica da raça o rabo enrolado como de um porquinho. Ele passou tanto calor que onde o rabo ficava enrolado encostando nas costas formou-se uma assadura.

Daí acabou-se o verão. E o outono começou. Até semana passada tivemos dias com 27 graus de temperatura. Na segunda-feira começou a chover e eis que ontem o frio aparece com tudo. Teve uma certa hora do dia que estava 4 graus, mas com sensação térmica de -1. Já liguei o aquecimento durante a noite, pois realmente estava bastante frio. Lembrando que eu sou paranaense, da terra do leitE quentE e estou acostumada com frio.

Vamos ver o que o inverno nos reserva. Com certeza teremos mais post's sobre esse assunto num futuro breve.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Mudança de vida


Hoje vou contar a história de como viemos parar em Viena e o rumo que a minha vida tomou nesse último ano.

Meu marido trabalha em uma empresa brasileira que possui diversos escritórios e filiais ao redor do mundo. Há cerca de 5 anos, ele foi transferido para a área de Mercado Externo e desde então tem viajado para as mais diversas localidades onde os escritórios estão localizados. Sempre sabíamos que uma hora ou outra poderia surgir a oportunidade de sermos expatriados, só não sabíamos para onde e quando.

Sou formada em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa no Paraná. Um dia ainda vou escrever um post contando da minha saga enquanto estudante, trabalhadora, mãe e dona-de-casa desse período mais negro da minha vida, mas ainda assim talvez um dos mais divertidos. Sempre gostei muito de estudar e também sempre tive muita sorte. Fiz uma faculdade pública, de excelente qualidade e dois MBA´s (um na FGV em Curitiba e outro no IBMEC em SP) que foram bancados pelas empresas em que eu trabalhava na ocasião. Apesar de formada em direito nunca trabalhei como advogada, pois iniciei a faculdade no mesmo período que me chamaram num concurso público que eu havia passado para trabalhar em um banco. E depois de você ter a sua própria renda fica complicado iniciar do zero, principalmente se considerarmos que nessa época eu morava em Castro, uma cidade com 65 mil habitantes. E outra porque sempre amei trabalhar em banco ( confesso sou masoquista , rs!). Comecei naquele banco público no cargo de escriturário e depois de 4 diferentes bancos e algumas mudanças de cidade terminei como gerente geral numa agencia da Vila Olimpia em SP.

Não precisa dizer o quanto eu fui feliz como profissional. Trabalhei com pessoas incríveis, outras nem tanto. Tive chefes inspiradores e outros emburrecedores (não sei se essa palavra existe, mas acho que dá para entender o sentido). Tive colegas de trabalho em quem me inspirei para fazer meu papel de uma forma melhor. Passei por quase todo tipo de situação estressante que se possa imaginar. Já tive funcionários maravilhosos que mereceriam de minha parte um post inteiro só para descrever o quanto aprendi com eles e como eles me formaram uma gerente geral. Tenho muitas saudades do convívio e do aprendizado diário com todos esses meus amigos que ficaram no Brasil. Ah, também tenho muitas saudades de usar meus terninhos e sapatos de salto e bico fino que estão todos guardados no guarda-roupa em Viena. Nem sei porque eu os trouxe. Acho que é para ficar admirando como se fossem fotos de um tempo não muito antigo.

No dia 24 de outubro do ano passado, meu então diretor, me chamou e disse que estaria me transferindo de uma agencia na Av. Morumbi (que eu havia passados os últimos 2 anos e meio) para a ag. da Vila Olimpia que na época era uma das 10 maiores da nossa região. Era uma agencia com um time formado e redondo. Gente nova numa média de 25 anos, com gás e vontade de crescer. Eu sempre falo que os nossos pensamentos tem poder. Logo que comecei a trabalhar nesse ultimo banco, fui visitar a agencia da V.O., pois a querida gerente que lá trabalhava era reconhecida como uma das melhores da região. Assim que entrei tive a certeza de que um dia eu estaria ali, comandando aquela turma. Amei de cara!

Pois bem, por volta do dia 15 de Dezembro, meu marido me liga na agencia e fala que ouviu nos bastidores que ele receberia uma proposta de mudança para o escritório de Viena. Imediatamente eu disse: "vamos sair para jantar fora e comemorar". Não pensei num minuto sequer de que teria que abrir mão da minha vida profissional, dos meus amigos, dos meus parentes e da vida que eu conhecia. Eu sou do tipo de pessoa que precisa de mudança e desafio constante. Sem eles eu fico depressiva. Quer um desafio maior do que mudar a sua vida e se adaptar a ser dona-de-casa, algo que eu nunca fui? Tá certo que a Mariana veio em boa hora, senão já estaria entediada com essa vida de faxina e de cozinha. Mas com certeza tenho muitas coisas para aprender ainda e muitos desafios a vencer aqui na Austria. Um deles será aprender a falar alemão. Outro será passar um inverno inteiro por aqui e ter animo para sair da cama.

Pedi minha demissão em 20 de janeiro de 2009, ou seja, depois de quase 9 meses já estou quase parindo minha vida de mulher desempregada.

Passamos o mês de fevereiro em Viena para procurar escola e apartamento e nos mudamos definitivamente em 20 de março. No início de abril fiquei grávida.

Eu costumo tentar adivinhar o que estarei fazendo daqui a um ano. E quase todo ano tenho uma surpresa. O que será que o futuro me reserva para outubro de 2010? Acompanhe o blog e vamos saber juntos.

Bjs a todos.

Lu

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Manequim 38


Essa é a história de um jeans tamanho 38. Não tinha nada pra ser uma história interessante não fosse o fato de que eu comprei a calça hoje. E não é para usar no futuro, depois do parto não. É para usar agora, grávida e tudo. Então senta que lá vem história...


Estou sem roupa para usar. Acho que é um dilema de quase toda grávida, exceto das que tem um personal stylist ou são donas da própria marca de roupas. A verdade é que tudo o que tem no meu guarda-roupa, mesmo que me sirva ainda, não me cai bem. Tem horas que acho que pareço mais uma gordinha do que grávida ( e olha que a barriga tá grande).

Nunca tive dom para a moda. Sou daquele tipo de pessoa que gosta de uma marca e só fica nessa. Enquanto trabalhava em SP achei um loja de terninhos e roupas para trabalho chamada Dylos e eu recebia o catálogo dos lançamentos em casa. Tres ou quatro vezes por ano ia até a loja e levava o mundo para casa. Por incrível que pareça não gosto de ficar comprando roupas, ou melhor, não tenho paciencia para experimentar roupas. Por isso quando acho uma marca que me cai bem, não penso duas vezes, levo mesmo.

Então o que está acontecendo é que toda manhã enfrento um dilema. Que roupa vou colocar hoje. Aqui em Viena é difícil voce dizer que não vai sair de casa porque, por exemplo, mercado é uma coisa que se acaba fazendo todo dia. Também tenho que passear com o Pepe (meu cão), tem o ingles e as compras para o enxoval da Mariana que tem me tomado bastante tempo. Então é bem raro o dia que não preciso me produzir (bonita a palavra, rs!). Imagina se eu estivesse trabalhando como estaria meu sufoco.

Pois bem, hoje cedo resolvi que precisava de uma calça jeans já que faz uns 20 dias que as minhas ex-amigas não entram no corpinho de violoncelo. E então a saga iniciou-se. Fui direto numa loja que passo sempre em frente e que fica na rua mais famosa de comércio mais popular de Viena (entenda-se popular nada parecido como uma 25 de março, Brás ou Jose Paulino ... ai que saudades).

Entrei na boutique e a vendedora, que por sinal deve ser a dona, foi extremamente simpática. Quando me desculpei e disse que não falava alemão, imediatamente ela foi falando em ingles, sem stress nenhum. Isso é um pouco raro de acontecer.

Daí vem a parte mais engraçada da história. Ela me perguntou qual é o número do meu manequim. Gente, é sério, não faço a menor idéia por quantos anda o meu manequim. Eu sei que a minha coxa e quadril estão bem maiores, mas em números não tenho a mínima noção e nem quero saber, pra falar a verdade.

Ela pacientemente dá uma analisada no corpitcho e exclama "uns 36 ou 38". Dou uma gargalhada. E a bichinha começa a tirar as calças para eu provar. Comprei a 38 para ter um pouco de folga nesses 3 ultimos meses. A prova tá na foto acima. Quem diria hein!!!

Ah.... fica proibido qualquer pessoa procurar tabela para converter o manequim da Europa para o Brasil. Me deixem dormir feliz pelo menos essa noite!!!

Bjs e até mais...

Lu



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Pré-natal na Austria

Acredito que na maioria dos paises europeus o pré-natal seja um pouco diferente do que é no Brasil. Por experiencia própria só posso comentar a respeito do pré-natal da Austria, mas nas conversas que tenho com outras brasileiras que moram ou já moraram nos países europeus, parece que segue o mesmo principio ou pelo menos parecido com o daqui.

Como já havia comentado no post anterior, eu só descobri que estava grávida com quase 9 semanas de gestação. Engravidei nas primeiras semanas após minha mudança e como estava preocupada em mobiliar apartamento, em iniciar o Serginho logo na escola, etc, o tempo foi passando e só tive tempo para pensar em fazer o teste de gravidez quando ja estava algum tempo grávida.
Eu com o exame de farmácia no dia que descobri a gravidez.

Logo que comentei sobre minha gravidez confirmada pelo teste de farmácia, algumas amigas me indicaram uma ginecologista que atende algumas brasileiras daqui. Ela não fala portugues, mas para uma austríaca é bem sociável e simpática. Nossa comunicação é em ingles e com certeza o ingles dela é melhor do que o meu.

Imagina uma grávida com milhares de perguntinhas anotadas para fazer para o seu obstetra na consulta de pré-natal? Agora imagina essa mesma grávida com as mesmas perguntas anotadas no papel primeiro em portugues e depois traduzido para o ingles? É assim que tenho me virado. E olha que não são poucas dúvidas, pois apesar de ser minha segunda gravidez, estou em um ambiente totalmente diferente da minha primeira vez enquanto grávida.

Na primeira consulta já vem a primeira diferenca. O consultório tem dois aparelhos de ultrassom e quase todos os exames são feitos lá mesmo. Já da primeira vez que estive lá a médica colheu sangue para os exames e fez o papanicolau, além do ultrassom. Toda vez que retorno no consultório ela colhe urina também. Acho um pouco estranho porque logo que chego e me apresento, a secretária me dá o potinho e se tiver alguém esperando acaba me vendo sair do banheiro com o potinho. Mas ter alguém além de mim no meu horário agendado nunca aconteceu. Sempre quando saio da sala de consulta, já existe uma paciente esperando, mas nunca ficamos sentadas esperando juntas a hora de entrada. Cada uma no seu horário e com uma pontualidade européia, para não dizer "britanica". Esses dias li no blog da gravida sobre as conversas de consultório e posso afirmar que não tenho esse prazer, ou porque não dizer desprazer as vezes.
Logo no inicio da gravidez ganhei um passaporte da mãe. Aqui se chama Mutter Kind Pass. Serve para fazer todas as anotações a respeito do pré-natal e no acompanhamento depois do nascimento do bebe. Tem uma parte que pode ser destacada no final que é a carteirinha de vacinação do bebe.

A partir da 12 semana voce começa a ser acompanhada também pelo hospital em que o médico atende. Não sei se é possível escolher o hospital, pois gostei da aparencia do hospital em que a minha médica atende e não questionei a respeito disso.

No hospital é feito também um pré-natal com agendamento de ultrassons mais elaborados e acompanhamento de outros médicos. Para se ter uma idéia, no ultimo ultrassom de 22 semanas constou que a Mariana estava abaixo do nível mínimo em diversos itens. A unica coisa que ela ficava dentro da média era no tamanho do femur. Pelo controle do hospital meu próximo exame seria com 30 semanas, mas tendo em vista essa questão, o médico achou por bem agendar antes e entao farei o exame ainda com 26 semanas, para controle do crescimento da pequena. Segundo a minha médica caso seja necessário algum tipo de providencia ou algum outro exame mais elaborado, o próprio hospital se encarrega de providenciar. Também em caso do bebe vir a nascer e a médica não estiver disponível, os médicos do hospital já possuem todo o laudo da minha gravidez e qualquer outro estará apto a realizar o parto. Tudo muito simples e objetivo. Sem muita frescura.

Amanhã combinei com a médica de fazer um tour pelo hospital e conhecer melhor a estrutura e também aproveitar para conversar com o anestesista, já que se tudo der certo, será um parto normal com anestesia.

Hoje a minha pequena não deixou nem tirar uma foto decente, pois ficou dormindo o tempo todo com a mão no rosto. Tomara que amanhã além do exame dar um bom resultado do seu crescimento, ela deixe tirar pelo menos uma fotinha para publicar.

Até mais... beijos.

domingo, 4 de outubro de 2009

Gravidez

Ha 14 anos atras eu descobri que estava gravida do Serginho. Exatamente no mes de Outubro de 1995. Foi um desespero so. Fazia uns 15 dias que eu havia marcado meu casamento na igreja e no civil para o dia 06 de janeiro de 1996 e ficar gravida exatamente nessa epoca nao estava nos meus planos. Tinha acabado de escolher o vestido e tinha duvidas se caberia nele com 4 meses de gravidez. Nao tinhamos apartamento para morar, pois iriamos ficar no apartamento que o meu dignissimo alugava enquanto solteiro e que ja era mobiliado. Quando faltava 2 meses para o dia do casamento, o entao proprietario e diz-que-me-diz amigo do meu marido, pediu o apartamento, segundo ele para uso proprio. Tivemos que correr para comprar cama, fogao, guarda-roupa. É óbvio que acabamos comprando tudo de qualidade inferior pois nossas unicas reservas seriam para a lua-de-mel, e ja nao eram muitas. Depois de muito sufoco casamos, com casa alugada, carro financiado e um bebe que iria nascer 5 meses após.








Talvez por esses motivos minha gravidez do Serginho tenha sido tao "dificil". Tive muitos enjoos e me sentia doente o tempo todo. Quando nao era uma coisa era outra. Tive os famosos enjoos ate 6 meses de gravidez e as unicas coisas que podia comer eram batatas e maçã. Se já estivesse na Austria não seria um problema, já que por aqui o que mais tem são batatas, rs!



Quanta diferenca para a gravidez da Mariana. Hoje inicio a 26 semana de gestacao. Quando descobri que estava gravida, já estava com quase 9 semanas de gravidez. Todo o stress da mudança de país já estava passando. E essa tem sido uma gravidez muito tranquila. Talvez por nao estar trabalhando e sem muita pressao e preocupacao, tenho me sentindo muito bem. Talvez porque uma gravidez seja diferente da outra, ou talvez por esperar uma menina agora. Sei lá. O fato é que tenho bastante disposiçao e raramente passo mal. Essa semana temos medica e ultrassom e vou postar mais detalhes de como anda a nossa pequena.




Fala serio. Nao e sempre que temos um cenario desse para fotografar enquanto passa a gravidez.