segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Novo carrinho de bebê

Depois de quase 8 meses de uso, estamos quase prontos para aposentar o carrinho da Mariana. Não, ele não estragou. O problema é que ele não vai atender a nossa necessidade para a próxima temporada de frio.

No ano passado, pesquisei, comparei preços X benefícios, abri e fechei trocentos carrinhos nas lojas e acabei comprando o Trio Chicco Living. Passados esses quase 8 meses de uso posso finalmente dar a minha opinião a respeito desse carrinho tanto para uso aqui na Europa como no Brasil. Como comprei o trio que vem com o car seat, moisés e o carrinho propriamente dito, também não comprei o maxi cosi. Pelo que observei nas lojas, o maxi cosi é melhor, mais confortável e mais fácil de atar os cintos do que o car seat da Chicco. Apesar de que acredito que o da Chicco atenda toda a exigência de segurança.

Quanto ao moisés, fiquei plenamente satisfeita com o uso dele. Apesar de ser um pequeno trambolho, ainda é menor para carregar do que o moisés de outras marcas. Usei quando ainda estava bem frio e protegeu a Mariana do rigor do inverno. Apenas comprei um saco forrado para esquentar mais.

Quanto ao carrinho, minha opinião muda um pouco. Na época que estava procurando carrinho eu não tinha a mínima idéia do que era bom para uso por aqui. Aliás a minha experiência de carrinho era mínima, já que com o Serginho praticamente não usamos. Primeiro porque ele não ficava dentro e segundo porque usar carrinho nas ruas do interior do Brasil é quase como fazer o "rally dos sertões". Aliás, excluindo algumas poucas cidades, acho que carrinho no Brasil é para uso no shopping porque nas ruas é quase impossível.

Acredito que para o Brasil o carrinho da Chicco é um ótimo carrinho. Ele fecha estilo guarda-chuva, não é tão grande, a estrutura é forte e o modelo é bem adequado. Já para uso aqui na Europa fica devendo em algumas coisas. Apesar de ter vindo junto o saco que protege as pernas, acho que o tecido é fino demais para suportar o frio e o carrinho é estreito demais para colocar o pelego, o saco impermeável e a criança junto. Sinto que só a Mariana dentro já está ocupando todo o espaço e não vejo como protegê-la melhor para sair durante o inverno.

Outra questão são as rodas. Apesar de serem de borracha e as de trás levemente maiores do que as da frente, creio que não são totalmente adequadas para andar em um dia que esteja nevando bastante. Também por causa das pedrinhas que são jogadas nas ruas para evitar quedas. Esses dias atrás o Serginho estava saindo com o carrinho no metrô e as rodas da frente ficaram presas no espaço entre a plataforma e o trem. Ainda bem que a Mariana estava no meu colo, senão teria passado um susto.

Por esses motivos resolvemos que vamos comprar um novo carrinho para a Mariana. Pesquisei diversos modelos, ouvi diversas opiniões e acabamos optando por comprar o Quinny Speedi.

Espero que esteja fazendo uma boa compra. De qualquer forma não iremos abandonar o carrinho da Chicco porque ele é mais prático para viajar. A idéia do carrinho da Quinny será deixá-lo sempre montado e sair para andar a pé ou quando utilizarmos o transporte público.

É isso aí pessoal. Uma ótima semana para todos.

Bjs

Lu

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Os turistas e as compras


Viena é uma cidade turística (não me diga, dã!) e é possível encontrar turistas brasileiros praticamente todos os dias por aqui. Muitas vezes nas lojas, nos restaurantes, nos cafés, parados na rua, tanto faz. E é engraçado reparar nas atitudes dos brasileiros que estão por aqui. E tem de tudo. Desde pessoas legais até os mais mal-educados possíveis.

Nem sempre puxo conversa com os turistas que vejo por aqui.

Em primeiro lugar porque não é minha obrigação conversar com estranhos só porque falam português. Eu demorei um pouco a absorver essa idéia. Logo que nos mudamos e eu ouvia alguém falando português brasileiro sentia quase como na obrigação de puxar conversa, ver se não precisava de alguma ajuda, etc. Mas como é de se imaginar, nem todo mundo merece essa atenção e quer essa atenção toda.

Depois porque os turistas que eu mais gosto de conversar são os da terceira idade. Geralmente são muito educados, já estão acostumados a viajar, não têm pressa e não têm aquela ânsia de comprar o mundo.

Na quarta-feira à tarde, encontrei um grupo de 7 pessoas do Brasil na esquina perto de casa enquanto estava passeando de carrinho com a Mariana. Somente uma moça deveria ter mais ou menos a minha idade, mas era casada com um senhorzinho. Acho que a faixa etária dos demais era em torno de 65 anos. Tinham acabado de desembarcar em Viena e vão fazer turismo pelo leste europeu e Alemanha também. Quando passei ouvi eles falando em português e começei a conversa. Depois fui andando com eles até a Stephansdom e os deixei num restaurante. Eles queriam que eu os acompanhasse no jantar, mas eu precisava voltar para dar janta e banho na Mariana e fazer alguma coisa para o Serginho jantar também. Super simpáticos. Adorei tê-los conhecido.

Eu até entendo quando vejo os turistas desesperados entrando e saindo das lojas e querendo carregar o mundo nas costas. A verdade é que as coisas no Brasil estão muito caras. Pelo menos foi isso que a Iram, minha amiga e vizinha, acabou de contar após a sua volta das férias, e a minha querida amiga Arlete me contou por email. Segundo a Arlete estacionamento de shopping em São Paulo está uma loucura. A Iram também comentou que achou muito caro fazer mercado, coisa que sempre teve uma diferença absurda com os preços daqui da Europa.

Isso porque creio eu que Viena nunca foi e nunca será uma meca do consumo. Mas é inegável que algumas coisas estão bem mais acessíveis por aqui. Essa semana mesmo estive numa loja da Benetton para crianças e me surpreendi positivamente com os preços das roupinhas para Outono. As peças mais caras eram os casacos que custavam em torno de 40 euros. As roupinhas de malha e veludo estavam custando em torno de 10 euros a peça. Comprei 4 peças para a Mariana: o fusô preto com a blusinha listrada (da foto) e uma mini-saia de veludo rosa com uma blusinha rosa com detalhes em marrom. Gastei 43 euros. É claro que a Benetton não é uma marca cara, mas acho que dá para comparar com os preços da Malwee, Puc, etc do Brasil. E sinceramente acho que está bem mais barato.

Vou ter mais certeza disso no fim do ano. Daí eu faço uma comparação dos preços daqui com os do Brasil, ok?

Bjs e um ótimo fim de semana para todos.

Lu

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Conversa fiada

Hoje cometi uma loucura gastronômica: paguei quase 8 euros por um mamão formosa. Eu amo mamão e como é de se imaginar o mamão brasileiro por aqui custa uma pequena fortuna. Mas o que interessa é que ele está delicioso, gigante e todo para mim, hummmm...

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A parte ruim de desfraldar do cocô tão cedo como está acontecendo com a Mariana é que hoje estávamos a 8 quarteirões de casa, num calor de quase 30 graus, quando ela quis fazer cocô. Começou o chororô e só acabou quando chegamos em casa e ela finalmente pode fazer seu cocozinho tranquila. Como o intestino dela é bem preso, na fralda está a cada dia mais difícil de fazer. Se pelo menos ela gostasse do mamão....

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Estamos na contagem regressiva para a viagem de fim de ano para o Brasil. Como sempre iremos, eu e a Mariana, antes e os meninos deverão ir assim que comece as férias de inverno, por volta do dia 20 de dezembro. Os preparativos para o niver dela estão a todo vapor. Espero que a festinha seja muito linda.

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Falando em festa de aniversário é bom lembrar que no primeiro ano da Mariana estaremos comemorando juntos nossa Boda de Cristal, ou melhor, 15 anos de casamento. Já que estamos fadados a nunca mais comemorarmos nosso aniversário de casamento, já que o aniversário da Mariana sempre será mais importante, vamos priorizar os anos chave, como 15, 20 25 e depois talvez os 50 anos, quem sabe.

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Falando em coincidência de datas, como no nosso aniversário de casamento com aniversário da Mariana, já contei que a minha vida é uma coincidência muito sinistra quando se diz respeito a datas? Quando conheci o meu marido, conversávamos sobre os aniversários da família, etc, daí que descubro que o meu pai faz aniversário no mesmo dia que a minha sogra e a minha mãe faz no mesmo dia que o meu sogro. Não é meio sinistro? Depois disso comecei a acreditar um pouquinho em signos porque é incrível como o gênio do meu pai é parecido com o da minha sogra, e o da minha mãe com o meu sogro. Coincidência???

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Quer mais algumas coincidências? A minha primeia menstruação ocorreu no dia 04 de junho de 1988. Eu noivei no dia 04 de junho de 1995 e o Serginho nasceu no dia 04 de junho de 1996.

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Falando em signos. Descobri há algum tempo atrás que eu sou de câncer com ascendente em capricórnio. Tenho algumas características de câncer, mas meu lado capricorniano é muito forte. Não sei se é por isso, mas pessoas de capricórnio são o meu ponto fraco. Amo de paixão alguns (Ursulina essa é pra você). A Mariana, essa pequena capricorniana com ascendente em leão, ainda vai me tirar muito do sério... E outro signo que incrivelmente me dou muito bem é com escorpião, esses pequenos seres incríveis e de espírito muito forte. Meu digníssimo marido é de escorpião e raramente brigamos e o meu melhor chefe, de todos os tempos, também é de escorpião. Serginho, um ser falante e de personalidade dúbia só poderia ser de gêmeos. Não pense que ele é do jeito que você vê, amanhã ou daqui a 15 minutos tudo pode mudar. Mas em geral me dou bem com quase todo mundo mesmo. Acho que independente do signo, a verdade é que eu sou boazinha mesmo.

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Ter filho adolescente pode ser uma coisa bem constrangedora. Duvida? Espera as primeiras perguntas sexuais e daí você vem me contar. A primeira pergunta que o Serginho me fez sobre assuntos sexuais ocorreu quando ele tinha 6 para 7 anos. Estava na primeira série. Alguém deve ter comentado alguma coisa, ele ouviu e veio me perguntar: "Mãe, o que é sexo anual?" Acredita que eu não tive coragem de corrigí-lo? Iria ficar pior para responder. Só dei risada e disse que era o sexo feito uma vez por ano, oras! Mas as perguntas só foram ficando cada dia mais complexas e ainda mais constrangedoras. Ultimamente a coisa tem tomado uma proporção assustadora. E ele não tem vergonha de peguntar para mim, podia só perguntar para o pai, mas não. Eu não posso nem dar muitos exemplos aqui, porque o blog é familiar e poderia ser confundido com conteúdo sexual. Marido está viajando desde semana passada. Esteve em Singapura (ou Cingapura???), está em Xangai (ou Shangai???) e amanhã vai para Tóquio (ou Tokio???). Daí que ontem eu mal-humorada porque a Mariana resolveu acordar definitivamente as 5 da manhã, o Serginho me vem com a seguinte questão: "Mãe, você está brava comigo? Desculpe se eu te fiz alguma coisa, ou é falta de sexo mesmo?" É mole?

Bjs

Lu

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Aula de yoga

As novidades por aqui é que ontem estreiamos a Yoga mamãe-bebê. Achei muito legal. Depois que abortei a idéia da natação porque a Mariana ficou com uma alergia nas costas (e a Sofia, a amiguinha, também ficou, muito provavelmente por causa da água da piscina) tínhamos ficado sem uma opção de exercícios físicos para nós duas. Daí que a amiga-super-antenada Monica, descobriu as aulas de Yoga mamãe-bebê e fomos experimentar. A-M-E-I.

Eu já tinha feito yoga em São Paulo numa academia no Brooklin, mas nunca cheguei a ser uma especialista no assunto. Fiz um período e desisti de continuar porque quando mudei de agência no banco ficava meio contramão ir até lá depois do expediente. Mas foi um dos exercícios que mais me agradaram, porque na minha humilde opinião, une força, flexibilidade, concentração e relaxamento.

Mas centenas de anos depois da última vez que fiz algum tipo de exercício teria sido uma comédia se não fosse trágico.

Para começar, éramos umas 9 mulheres com os seus bebês na sala. Seria quase uma unanimidade a ótima forma física não fosse a minha presença para desestabilizar a equipe. Barriga pra dentro, peito para fora. Esse era o lema da tchurma. Traduzindo: barriga nenhuma aparecendo, todas retíssimas, nunca parecendo que recém pariram, e peito para fora porque todas (eu acho) amamentaram os babys durante a aula. Todas com uma cara de bem naturalistas, bebês com fraldas de pano, sling no final da aula, etc. Para chegar ao nível delas, só se nascesse de novo.

Daí que a professora, por sinal, educadíssima, voz suave como um veludo, pés descalços, luz de velas, mantras e músiquinhas a parte, começa a aula. Primeiro em alemão, depois em inglês e assim vamos.

Primeiro exercício, deitada no tapete, estique a perna direita num ângulo de 90 graus. Facílimo. Até chegar lá em cima e ficar. Imediatamente a minha perna começa com uma caimbra. Oh céus, o que eu faço? Abaixo a perna, tento esticar, mas a bendita da caimbra foi na coxa e nada faz com que aquela dor pare. Fico na dúvida se levanto e passo vergonha, ou se continuo com a dor. O raio que o parta, levanto e dou umas andadas pela sala. A perna melhora, mas a cara fica vermelha. No mínimo o povo ficou me achando mais lesada do que realmente sou.

A aula continua, muito boa por sinal.

Mariana, uma menina nada descolada e pouco acostumada a ficar no chão, começa a reclamar. Mais uma cena de vergonha porque os demais pequenos tem um preparo físico invejável. Além de magros, altos e saradões para padrões bebezísticos, conseguem permanecer mais de 20 minutos deitados de bruços sem reclamar. Alguns bem pequenos até engatinham pela sala. Dona Mariana, que nessa altura do campeonato já tinha sido eleita a obesa da turma, rechaçada pelos olhares malignos dos bebês atletas, começa um pequeno pití, sem tomar conta de que não existia nenhuma almofada atrás de suas costas gordas, bate a cabeça no chão. Se a mãe fosse descolada e ainda amamentasse, tiraria o peitão para fora e acalmaria a pequena, mas não. Para mãe sem leite, chazinho na mamadeira faz o mesmo efeito.

Mesmo sendo motivo de chacota pelos demais bebês, que nessa altura tinham até marcado um happy-hour para depois da última mamada, dona Mariana foi companheira e quando eles começaram a chorar todos juntos, ela participou com o choro. Daí entra a professora com um mantra: "shanti, shanti..." lá lá lá. E depois inspira e solta: ahummmmmm...... até acabar com o ar. Adiantou, um pouco, mas adiantou.

Fim da aula. Bebês dormindo, mães cansadas, pelo menos a mãe que vos escreve.

Dia seguinte: tenho dúvidas se não fui realmente atropelada ontem e perdi a memória porque dói tudo no meu corpo. Mariana disse que está disposta a enfrentar de cabeça erguida a desaprovação dos colegas com a sua atual forma de bola e disse que vai entrar em forma e promete ficar de bruços pelo menos 5 minutos. E eu prometi que tentarei ser mais naturalista e que da próxima vez aguentarei a cãimbra até o fim da aula, como forma de penitência. Mas de qualquer forma, semana que vem estaremos lá de novo.

Bjs

Lu

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O que será que ela tanto fala?

E nós aqui em casa com a deliciosa visita da amiga Rafaela, aproveitando para passear muito e bater papo. E já que a história é bater papo, dona Mariana resolveu soltar a voz numa infindável sequencia de bababa...

Alguém adivinha o que ela está tentando dizer?

Detalhe para um pé com meia e outro sem...



Bjs

Lu

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Mariana - 7 meses



Hoje a Mariana faz 7 meses de vida. O tempo está passando rápido e nem parece que temos um bebe em casa. Até agora, esse foi o mês que ela teve um salto de desenvolvimento maior. Acredito que realmente completar 6 meses é o primeiro grande marco na vida do bebê. Muitas coisas mudam, e talvez nada seja completamente igual ao que era no passado.

Para deixar registrado, vamos as novidades da nossa pequena:

- definitavamente aprendeu a fazer cocô no banheiro. Mesmo quando precisa fazer mais de uma vez no dia, ela pede para levar até o banheiro. Acho que o grande lance da história é que ela adora o lavabo. Fica sentadinha, cantando, falando e acho que se deixasse ficava até bem mais tempo que o necessário.

- aprendeu a fazer não com a cabeça. Agora quando não quer mais comida, mamá ou outra coisa, balança a cabeça. E descobriu também que balançar a cabeça serve para dançar. Muito lindinha.

- aprendeu a bater palmas. Só que para bater palminhas tem que existir conjunção astral o que ainda não permitiu que conseguíssemos filmar ainda. Ela tem que estar de bom humor, sem fome, sem sede, sem excesso de distração, com vontade (o que é muito importante), ou seja, ela só bate quando bem entende. Mas é muito bonitinho quando conseguimos as palminhas. Começamos a cantar parabéns, ela fica toda feliz e quando quer, bate palmas.

- Nada de dentes ainda. E nem sinal. Mas ela está uma graça desdentada.

- Está super curiosa. Gosta mais dos menores brinquedos, o que eu acho um perigo. Descobriu também que existem interruptores e hoje mesmo vou providenciar as tampas de segurança.

- Continua se alimentando bem. Só as frutas que ela prefere assadas do que ao natural, mas estou intercalando um pouco de cada.

- O sono durante a noite está bom. Tem dias que dorme as 12 horas ininterruptas, outros dias acorda uma ou duas vezes para colocar a chupeta. Em compensação durante o dia não dorme nem 2 horas contando todas as sonecas. As vezes leva 1 hora reclamando de sono para tirar uma soneca de 20 minutos. Isso me deixa bem cansada porque durante o dia não sobra tempo para nada. Estou devendo comentários nos blogs amigos, mas realmente não estou conseguindo fazer. Até consigo ler, mas comentar leva mais tempo e a coisa está difícil.

É isso aí. Vamos comemorar o dia com bastante felicidade.

Bjs a todos e um ótimo fim de semana.

Lu

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Questões polêmicas - isso pode, aquilo não pode

Quem me conhece sabe bem que eu não sou radical em relação a nada nessa vida. Muito pelo contrário não gosto de posicionamentos do tipo, só pode isso ou não pode aquilo. Não que eu sempre fui assim tão liberal, mas a experiência de mãe foi me transformando. Quando o Serginho era bebê exagerei em diversos cuidados e hoje sou bem relax com a Mariana. Por exemplo, nunca nessa vida o Serginho chegaria perto de um animal de estimação com a idade da Mariana. Como hoje temos um animal em casa ele é a principal atração e a principal vítima da Mariana. É claro que tenho mais trabalho para manter a casa sempre limpa, até porque o Pepe solta pêlos e não quero encontrá-los na boca dela, mas isso não impede que ela brinque com ele.

Outra coisa é relação as papinhas. Com o Serginho eu tratava papinha Nestlé como veneno dos infernos, totalmente proibido, assim como seria minha idéia proibir também refrigerante, balas, e biscoitos recheados. Sim, proibí. Até a hora que ele aprendeu a comer esse tipo de alimento e achou interessante. E acreditem, uma hora ou outra eles vão experimentar e gostar ou não muito provavelmente não vai depender da educação que você deu em casa. Não estou dizendo que você não deva ter hábitos saudáveis, mas é que mesmo com os melhores hábitos possíveis dificilmente os seus filhos vão escapar de comer de vez em quando sanduíches, refrigerantes e demais bobageiras. Por exemplo, dificilmente compro refrigerante para ter em casa porque sei que se tiver, invariavelmente o Serginho vai tomar. E daí entra o bom senso, refrigente pode, mas não sempre.

Com a Mariana diversas coisas são bem diferentes do que com o Serginho. Começando com a amamentação que embora tenha sido com a mesma mãe que vos fala, foi praticamente como se tivesse entrado em cena uma bem diferente. De vaca passei a ser uma ovelha, com leite, mas nem tanto assim. Daí entrou o leite artificial e logo em seguida as papinhas. Como indicação única do pediatra velhinho: papinhas só as compradas. Não se faz comida para bebês em casa. Aqui na Áustria isso é tratado como algo ultrapassado e até perigoso, pois quem é que sabe o que está cozinhando? Mesmo quando eu informei que praticamente 80% do que consumimos em casa são produtos com selo Bio, ainda sim ele se manifestou contrário. É óbvio que eu nem liguei. Hoje 50% da alimentação da Mariana é industrializada e 50% feita em casa. Porque eu quero que ela aprenda a gostar de todos os sabores. Não quero ser refém da cozinha, mas quero que ela aprenda a comer aquilo que nós mesmo comemos. Ela é cidadã do mundo. Hoje estamos na Austria, amanhã poderemos voltar para o Brasil ou ser expatriados para outro lugar. Por isso o paladar tem que se acostumar com tudo. Já pensou se eu volto para o Brasil e ela só quer comer papinha da Hipp? O que eu faço, mando importar? Jamais. Papinha industrializada pode, mas se você puder fazer em casa, ótimo.

Outra questão é o uso do andador. Muitos médicos e fisioterapeutas são absolutamente contrários ao uso desse acessório e informam que além de ser um atraso na vida do bebê é extremamente perigoso. Concordo, mas em partes. Creio que realmente pode ser um problema para a criança que fica boa parte do dia no andador, mas não vejo problema nenhum colocá-la em momentos em que você precisa fazer alguma coisa, já que o andador proporciona alguma liberdade também para a criança. Usei com o Serginho e ele aprendeu a engatinhar aos 7 meses, nunca teve as pernas tortas por ter usado e saiu andando um dia antes do aniversário de um ano. Mais uma vez acredito que o bom senso prevalece. Andador pode, mas não o tempo inteiro.

É óbvio que não vou ensinar a Mariana falar palavrões, mas alguém tem alguma dúvida de que essas serão uma das primeiras palavras que ela vai aprender? Não se esqueçam que o irmão é adolescente e sabe falar muitos palavrões em pelo menos 10 línguas (ele estuda em escola internacional e a primeira coisa que eles perguntam uns aos outros é como se fala tal palavrão na língua de cada um). Agora me diga, adianta eu me descabelar toda porque não quero que ela aprenda isso? Amordaço o irmão para que ele não fale? Ou ensino carinhosamente que isso não pode falar (mesmo com o irmão falando, oh my God...). Palavrão não pode, não dê ouvidos ao seu irmão.

Tive a sorte de poder ter dois partos normais apesar de que totalmente diferentes um do outro. No do Serginho foi um parto normal com anestesia e epiotomia. Da Mariana um parto natureba, mais humanizado impossível. Quase um parto estilo Gisele Bundchen, minha amiga também de desfralde aos 6 meses. Só não foi na água porque me deu agonia aquela banheira e eu precisava de ação naquele momento. Um parto em pé, sem episiotomia, com o pai cortando o cordão umbilical (detalhe sem roupas de centro cirúrgico, com a roupa que usava antes e com os sapatos cheios de neve), com a Mariana no meu colo e mamando em seguida. E se você me perguntar qual na minha opinião foi melhor eu diria que cada um teve alguma coisa boa. Primeiro o do Serginho acho que anestesia é uma condição indispensável para mim. Sofri demais no parto da Mariana e acho que fazer sem anestesia foi um sofrimento totalmente desnessário. Não sou mais mãe dela do que sou do Serginho porque senti tudo e dele sofri menos. Também acho que se estivesse no Brasil o parto da Mariana seria uma cesárea porque demorou muito para ocorrer a dilatação e o parto só foi possível graças ao excelente trabalho e experiência das doulas, coisa que seria difícil encontrar no Brasil. E se fosse uma cesárea também eu não seria menos mãe para ela do que fui para o Serginho. Se o radicalismo tanto na defesa do parto normal como no direito a escolha da cesárea for levado tanto a sério, daqui a pouco chegaremos a conclusão que a mulher que adota não é mãe, pois não foi preparada para ser mãe pela gravidez ou pelo parto normal. Cesárea pode, mas se você quiser e puder um parto normal, melhor.

Sabe o que realmente não pode? Radicalismo, ser xiíta com os seus pensamentos, obrigar as pessoas a fazer o que você acha certo mesmo contra a vontade delas. O resto pode, mas use com moderação.

Bjs

Lu

domingo, 1 de agosto de 2010

Dicas de Viena - Passeios - Hofburg, Volksgarten e Bundesgarten

O Palácio Hofburg é um dos principais pontos turísticos de Viena. Era o palácio de inverno dos Habsburgo, sendo que o Schonbrunn era o palácio de verão. O palácio é imponente e também é um dos nossos destinos preferidos para passeio, tanto pela fácil localização como pela beleza do local. A origem data do século XII, mas foi constantemente reformado e ampliado até o século XX.

O complexo abriga a Biblioteca Nacional, a escola de equitação, o gabinete do presidente da Austria e obviamente diversos museus.

Para poder mostrar todo o complexo seriam necessárias centenas de fotos, pois para todo lado que você possa olhar existem belas construções e cenários maravilhosos. As fotos que tirei servem apenas para dar uma noção de uma pequena parte da beleza da cidade e especialmente deste local.


Vista de uma parte do Hofburg a partir da Josephsplatz. Nesse local existe ainda parte da ruína onde se encontrava a muralha que cerca o castelo.



Vista do Neue Burg. Essa parte foi uma das últimas a serem contruídas e hoje abriga a Biblioteca Nacional, Kunsthistorisches Museum e o Naturhistorisches Museum.



Pórtico de entrada para a Heldenplatz.



Estátua equestre do imperador Jose II. Ao fundo pode-se perceber as torres da Prefeitura.



Jardim do Volksgarten.



É claro nossa modelo no estilo pedrita desdentada no Volksgarten.



Ainda uma vista do Volksgarten.



Vista de parte do Hofburg a partir do Ring.



Vai um passeio de carruagem? Uma cena muito comum em Viena são as carruagens que levam os turistas, funcionam com um Sightseen mais privado e charmoso.



Entrada do Bundesgarten. Logo na entrada existe a estátua de um dos moradores mais famosos de Viena, Mozart. Esse jardim é muito bonito e grande, com várias fontes e muito gramado.



Gostou? Ainda tem muito mais. Em breve venho com mais dicas e fotos de Viena.

Bjs

Lu