quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sobre o carrinho da Quinny

Estou ficando monotemática, pois vou voltar a falar sobre carrinhos de bebê.

Todo mundo acompanhou aqui a minha saga no mundo dos carrinhos. Primeiro comprei o Chicco Living, ainda quando estava grávida da Mariana (se quiser ler o post veja aqui). Depois resolvemos que iríamos comprar o Quinny Speedi (post aqui).

Só que na hora de comprar o Quinny Speedi acabei optando por levar o Quinny Buzz. Agora já com mais de 2 meses de uso, vou fazer uma comparação das vantagens e desvantagens do carrinho Quinny Buzz.

Vantagens:
- o assento vira de frente para a mãe. Pode não parecer importante, mas nessa fase da Mariana além dos atrativos da rua, tenho que ficar colocando a chupeta na boca dela e supervisionando o que ela está fazendo. Isso era uma questão que me incomodava com o carrinho da Chicco, pois para colocar a barra da frente ele só fica na posição de frente para a rua. De frente para a mãe fica sem a barra de proteção, só sendo que a criança só fica segura pelos cintos. No Quinny Speedi você também não tem opção de colocar o assento de frente.

- O carrinho vem com 2 tipos de assentos. O assento menor tem um forro super confortável, parecido com um colchãozinho e embora esteja na posição de sentar é muito confortável para dormir. Você também pode deixar o assento na horizontal. Depois quando a criança está maior basta trocar pelo assento extra e utilizar o carrinho por mais uns anos.

- O Quinny Buzz tem opção de trocar a terceira roda da frente por duas e assim ficar com um carrinho de 4 rodas.

- A bolsa que fica acoplada na parte de baixo do carrinho é bastante espaçosa. Eu sempre deixo dentro dela fraldas, creme para assaduras e um trocador descartável. Assim diminui o que tenho que levar na diaper bag.

- A capa de chuva fecha completamente as laterais do carrinho, e possui um sistema de ventilação lateral. Além de já ter usado em dias chuvosos, também uso nos dias muito frios ou com vento.

- Existem vários acessórios da própria Quinny como porta copos, cesta inferior e o saco térmico.

- A roda da frente gira 360 graus e ele possui um sistema de amortecimento que faz com que empurrar o carrinho seja algo tão leve que você não perceba o peso.

- Como ele tem uma barra única para empurrar o carrinho, você poderá utilizar somente uma das mãos.

- Apesar de ser bem mais largo que o carrinho da Chicco, ele fecha muito mais fácil do que o primeiro. Na posição de frente para rua você pode fechar o assento junto com a base. De frente para a mãe é preciso retirar o assento. Na hora de abrir ele tem um sistema de ar comprimido sendo que basta você destravar e ele se monta sozinho (achei isso o máximo).

Agora vamos as desvantagens:

- O carrinho é grande. Sim, essa é uma grande desvantagem se você não tiver porta-malas compátivel para tudo isso. Desmontado ele tem as seguintes medidas: 60 X 85 cm. Considere mais espaço se você tiver comprado com o moisés.

- Como o carrinho que comprei tem 3 rodas, você não pode colocar nada mais pesado pendurado na barra (como uma mochila por exemplo), porque vai correr o risco de tombar. E de tombo eu entendo bem.

- Apesar de ser fácil a locomoção para andar nas ruas, dentro dos transportes públicos é bem mais complicado. Mesmo em Viena que é uma das cidades mais acessíveis do mundo (considerando que até mesmo no metrô não existe catraca e existem elevadores para todos os lados), já tive problemas para entrar dentro do bondinho antigo, ou melhor, não entrei porque o carrinho não passava na porta. Mas aqui teve solução, bastou esperar o bondinho novo que tem plataforma e são acessíveis para cadeirantes e para carrinhos de bebê. Se aqui em Viena eu tive esse problema no transporte público, imagino que em outros locais com acessibilidade reduzida seja mais complicado ainda.

Mas a minha lista de desvantagens acaba por aqui. Como a Isadora e a Carol tinham comentado, é um carrinho que vale cada centavo gasto.

Se alguém quiser acrescentar algo, sinta-se a vontade.

Bjs

Lu

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Luto pelo Theo

Simplesmente não tenho palavras.

Que Deus conforte o coração da Aline, do Leonardo e dos familiares.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aberta a temporada de mau humor, testa roxa e da maternidade estilo Galisteu

O frio chegou de vez e agora para ficar. Já há umas duas semanas atrás estamos sentindo o ventinho gelado soprando fazendo com que a vontade de sair para fora de casa diminua mais e mais. Semana passada a temperatura mínima chegou a 3 graus. E mesmo nos dias que o solzinho ameaça dar o ar da graça a temperatura não passa dos 12 graus.

A parte ruim do outono é saber que o inverno está chegando. Porque o outono por si próprio não é ruim. É claro que já é bem frio, mas não chega aos pés do que será no inverno. E diferentemente da primavera, a tendência é que a cada dia fique pior, cada dia mais escuro e que o sol suma de vez por um bom período. Na verdade eu nem acharia o inverno tão ruim não fosse a ausência de sol. São semanas e mais semanas que a paisagem fica totalmente cinza. E assim como a paisagem fica sem vida nosso olhar também fica mais triste. Isso explica boa tarde do mau humor das pessoas nessa época. Todos são tristes e com cara de bravos. Basta ficar olhando com mais atenção para as pessoas que estão andando na rua, dentro do metrô e mesmo dentro das lojas.

Até eu que por natureza sou bem humorada, ando no extremo mau humor. Ainda bem que tem prazo para acabar. Daqui a um mês deixarei o frio para trás e vamos (eu e a Mariana) rumo a terrinha natal.

Falando nela: a Mariana continua uma menina lindinha, apesar das birras que acontecem de vez em quando. Pra onde quer que eu vá ela vai atrás falando Mãma. Aliás, de longe essa é a palavra mais falada por ela. As outras são Bába para o Pai e Nenê para ela e para o resto do mundo.

E as outras novidades é que estamos passando nada incólumes por um período difícil. Primeiro foram os dentes, depois dois resfriados que surgiram praticamente juntos e por último, mas não menos importante, a tal ansiedade da separação. Gente, que coisa difícil essa. A Mariana não fica 2 minutos sozinha seja brincando, no berço ou mesmo do meu lado. Tenho que ficar entretendo ela o tempo todo, seja conversando, brincando, segurando para andar. Isso tem me tomado muita energia e tempo. As vezes me sinto tão cansada que não lembro de ter sentido dessa forma nunca na vida. E se ela me exige fisicamente, o Serginho me exige psicologicamente. Essa fase dele também não está sendo fácil (como diria aquela cantora Katia dos anos 80). É uma fase onde um quer ser mais popular do que o outro, são decepções amorosas, decepções com amigos, ou seja, tudo é negro. E como ele mesmo diz, ele não faz parte do grupo dos populares, então fica a margem dos convites para festas, cinemas, etc. E vou dizer que se passar por essa fase já não foi fácil para mim, pior ainda é passar junto com o filho. Mas como tudo na vida há de passar. Espero que seja da forma menos traumática possível.

Até porque falando em trauma, ontem a Mariana bateu a cabeça na mesa de centro e ficou com um "galo" e um roxo na testa. Simplesmente está muito difícil não deixar que ela se machuque. Andador é coisa do passado, agora ela só quer andar sozinha se agarrando onde der. Até comprei um outro andador estilo andador de velhinha, mas não foi muito aprovado por ela. Então o negócio é redobrar ainda mais a atenção e aguentar a dor na coluna.

Mas essas são apenas algumas facetas da maternidade. Quem é mãe há de me entender. Quer dizer quase todas hão de me entender.

Eu não sou muito de falar sobre a vida alheia, até porque especialmente vida de "celebridade" pouco me interessa. Esses tempos atrás a Carol escreveu um post muito bom sobre a diferença cultural que existe quanto as babás e celebridades pelo mundo. Enquanto as celebridades mundiais são sempre fotografadas cuidando dos seus bebês, as brasileiras exibem suas babás impecavelmente vestidas de branco para lá e para cá.

Mas especialmente uma coisa me chamou a atenção nesses últimos dias. Foi o estilo de maternidade da Galisteu. Após poucos meses do nascimento do rebento ela agora é a vedete nas baladas. Segundo alguns sites de fofoca ela deu um tempo nas rotinas com o bebê para aparecer nas baladas à fantasia.

Cada um na sua, mas realmente achei cedo demais.

Minha ginecologista no Brasil me falou uma certa coisa na minha última consulta. Ela disse que não tem como sair ilesa após uma gravidez e pelo parto. Verdade. Quer dizer: mais verdade para uns do que para outros.

Update: gente, eu não acho que a Galisteu esteja certa, muito pelo contrário. Apesar de muitas vezes a gente querer chutar o balde, continuo afirmando que acho muito cedo para esse tipo de festividade.

Bjs

Lu

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pelo Theo

Hoje está marcada a cirurgia do Theo e a Aline está pedindo que todos se reúnam com orações e pensamentos positivos para que a cirurgia seja um sucesso e a recuperação dele seja mais rápida do que os médicos imaginam.

Independente de religião ou convicção acho que podemos parar um minuto para pensar, orar ou simplesmente desejar que tudo corra bem. Acho que é o mínimo que nós mães podemos fazer nesse momento.

Que Deus proteja esse pequeno e que dê muita força para a Aline, para o Leonardo e para todos os familiares.

Luciana

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vida de madame na Europa

Se tem uma coisa que me irrita muito por essas bandas do hemisfério norte é ter que ir ao supermercado. Ou melhor, ir ao mercado, já que na Austria não existem grandes supermercados como estamos acostumados no Brasil. Eu já comentei por aqui que as grandes redes varejistas simplesmente não existem por aqui. O comércio varejista de alimentos é basicamente dominado por uma rede chamada Billa com muitos pequenos estabelecimentos em vários pontos da cidade. Muito provavelmente onde quer que você escolha morar em Viena você terá um vizinho Billa.

Daí que a vantagem de morar perto de um mercadinho é a mesma de quem mora no interior e não tem hipermercado por perto, ou seja, como o mercado fica próximo da sua casa ficará muito mais fácil de ir todos os dias por lá e buscar aquilo que está faltando para o dia-a-dia. Aliás creio que o conceito do Billa e todos os outros mercadinhos daqui seja exatamente esse: ir todos os dias ao mercado.

A Rafaela já escreveu um post sobre esse assunto, de como as coisas funcionam lá em Estocolmo. Eu eu repito tudo o que ela falou, aqui sempre o maior carrinho é o meu. Do meu lado inúmeros clientes com o seu pacotinho de pão, salsicha e uma cerveja, sendo que isso será a principal refeição. Da minha parte um carrinho lotado de verduras, frutas, carne e comida.

Tenho uma vantagem de possuir uma geladeira espaçosa para padrões europeus e ainda por cima um freezer extra que embora seja do tamanho de um frigobar dá para armazenar alguns congelados. Então continuo preferindo a nossa tradicional compra semanal do que a visita diária ao mercado.

Ocorre que quem não gosta das minhas compras são as moçoilas atendentes do caixa. Fica visível a insatisfação delas quando me aproximo com o carrinho. Carrinho cheio significa demora para atender e até parece que elas ganham alguma comissão pela quantidade de clientes atendida. E por aqui o processo funciona assim: ou você é rápida como " the flash" ou vai amargar muitas caras feias. O problema é que ninguém te ajuda. Não existe empacotador e a atendente do caixa simplesmente passa o produto pelo leitor e literalmente joga para o outro lado. Se ao fim de passar os seus produtos você ainda não tiver empacotado tudo, ela vai começar a atender o próximo cliente e jogará os produtos dele por cima dos seus.

Por isso é que eu sempre digo que por aqui cliente não tem razão mesmo. Muitas pessoas até me relataram que a atendente ainda reclamou e mandou a pessoa ser mais rápida para retirar os produtos. Para mim, até agora, só foi o olhar de reprovação, porque por mais rápida que eu tente ser, passar o produto no leitor é mais rápido do que retirar do carrinho, empacotar e pagar.

Ah, e depois de todo esse sufoco dá-lhe carregar a compra a pé para casa. Por isso um ítem de extrema necessidade é o carrinho de feira. Tudo bem que o meu não é suficiente para trazer tudo, mas dá uma super ajuda. Quando ele está vazio e eu estou linda e saltitante pelas ruas charmosas aqui do primeiro distrito até me sinto um pouco européia. Quando volto com ele carregado e mais umas 3 sacolas a tiracolo, me dá uma raiva de estar na Europa. Vai entender....

Bjs a todos e um ótimo fim de semana.

Lu

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Nove fora




Essa semana a Mariana fez 9 meses fora da barriga. Mais um ciclo encerrado na vida da pequena.

Definitivamente esse último mês foi o mais agitado desde que ela nasceu. Muitas mudanças, novidades, birras e noites mal dormidas. Afinal de contas também ela está crescendo.

Acho que deu para perceber como a minha vida anda corrida ultimamente. Não tenho tido tempo para postar e quando sobra um tempinho, o cansaço toma conta e falta vontade de parar para escrever. Mas não deixaria de contar como andam as coisas nesse último mês por aqui:

- finalmente os dentes apareceram. Sairam juntos os dois de baixo, mas se eu soubesse o trabalho que eles iriam dar, preferiria que demorasse um pouco mais para virem. Não sei se existe isso, mas tenho a impressão de que a Mariana tem uma gengiva muito resistente e difícil para romper. Tanto que quase um mês depois dos dentes começarem a surgir ainda não estão nem na metade do tamanho.

- Não sei se por conta dos dentes ou de algum pico de crescimento, o sono ficou completamente atrapalhado. Durante o dia e principalmente durante a noite. Lembram daquela menininha que muitas vezes vim contar que dormia 12 horas seguidas? Ela sumiu. Hoje a que está no lugar acorda no mínimo umas 3 vezes por noite e a mãe reza para que ela não queira despertar em todas as vezes que acorda.

- Eu que sou contra a cama compartilhada por experiência própria de filho mais velho, me rendi ao cansaço e dividi a cama com a boneca numa noite. E hoje durante a madrugada o pai também se rendeu e apareceu com ela no colo, lá pelas tantas. Ou seja, amanheceu conosco.

- Agora só quer ficar em pé. Seja no berço, no sofá, na cama, na rua, na chuva ou na fazenda... ah, e descobriu que andar com a mãe segurando é mais divertido que no andador. Esse é um dos motivos do meu cansaço extremo.

- Antigamente na hora de tirar a soneca diurna, bastava colocar no berço e ela adormecia sozinha. Agora parece que o berço tem espinho. Ela enrijece o corpo e não há meios que deixá-la por lá. E da-lhe colo.

- Ela está verbalizando muita coisa diferente nos últimos dias. Quando quer alguma coisa fica falando: OH OH OHHHH... Ela "fala" o dia todo. Vai fazer jus a fama da mulherada de faladora.

- Está um bebezão. Na balança de casa está pesando 10300 gramas (imagina os meus braços torneadissimos segurando tudo isso o dia todo).

As meninas amigas e as aniversariantes que acabei esquecendo de mandar parabéns (Arlete, Dê e Cintia) mil perdões de uma mãe e dona-de-casa desesperada querendo dar conta de tudo. Às amigas de blog também minhas desculpas por não ter comparecido e comentado como gostaria. Em breve eu volto.

Bjs

Lu