terça-feira, 8 de novembro de 2011

Torre de Babel

Quando estou no Brasil e falo para alguém que moramos fora, a primeira questao que surge é sobre qual língua nós falamos. Muitos acham que a gente fala austríaco. Eu ficaria bem contente se conseguisse falar alemao, hehe. Sério. Pode parecer meio sem contexto, mas imediatamente as pessoas associam que se moramos fora nao falamos mais o portugues. Eu me lembro que no ano passado estava fazendo uma compra numa loja de sapatos quando a dona chegou e me disse: "ah, voce é filha da D. Vera que mora na Austria né?"... conversa vai, conversa vem ela me solta isso: "nossa deve ser complicado voce falar portugues de novo, né. Inclusive voce já está com dificuldades de falar o portugues". Gente, ok que as vezes as palavras somem. Mas branco dá em todo mundo, né. Bom, pelo menos o "branco" na lingua materna nada mais é do que uma falha pequeninha entre o que a cabeca quer falar e o que a boca efetivamente consegue.

E agora o que falar do branco que surge quando voce tenta falar a segunda ou terceira língua? É exatamente o que acontece comigo quando acaba minha aula de alemao. Simplesmente o ingles fica completamente comprometido. Eu misturo ingles com alemao numa mistura em que nao sai nem ingles nem alemao. Eu poderia simplesmente nao falar mais ingles, mas meu alemao ainda está muito básico para isso. Com os professores durante as aulas até consigo fluir numa conversa, mas isso porque eles conhecem o meu nível e quais palavras eu sei do vocabulário. E na pior das hipóteses quando nao sei o que quero dizer em alemao, falo em ingles e eles me explicam em alemao. Mas na vida real nao dá para pedir para as pessoas falarem mais devagar e pedir para ficar repetindo tudo. Isso é o que dá aprender o segundo ou terceiro idioma depois de adulto, melhor dizendo, depois dos trinta.

Interessante o que está acontecendo com a Mariana. Ela ainda nao domina o portugues obviamente e simultaneamente está aprendendo alemao e ingles na escolinha. Antigamente ela dizia bye-bye quando se despedia, agora ela fala "tchuss", ou "ba bá" como eles falam por aqui. Eu nao optei por essa escola por ser bilingue, muito pelo contrário, até preferia que fosse somente em alemao, pelo nosso bem (meu e dela). Mas uma coisa que aprendi por aqui também é que escola boa é escola perto. Nao adianta ser a melhor e longe porque no inverno fica complicadíssimo e com certeza a preguica vai bater. E como a escola é excelente e perto de casa, acabou atendendo todos os requisitos.

Como a Mariana ainda nao tem vocabulário para dar "branco" simplesmente ela inventa. Assim que ela sai da escola ela fala um idioma dela. Nao é portugues, nem alemao e muito menos em ingles. Ela canta, fala, brinca no Marianes. Depois da soneca ela volta ao modo portugues. Muito interessante. Mas o que acho incrível e que ela consegue prestar atencao nos desenhos independente da lingua que está sendo falado. Pode ser apenas pela imagem, mas muitas vezes nem chamam tanto a atencao, mesmo assim ela está observando.

Outra coisa é a pronúncia. Ela tem uma amiguinha na escola que se chama Anna. Ela nao pronuncia o primeiro A com som nasal e sim com o som aberto assim como eles pronunciam aqui.

Imagino como fica a cabecinha dela no meio de tantas línguas, pronúncias, culturas e costumes diferentes. A parte boa disso é que ela será bem mais adaptada as culturas e poderá absorver mais os costumes de uma forma mais rápida e menos sofrida do que é para mim que morei a vida inteira no Brasil. Bom, pelo menos eu espero que sim.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Blogueira de cama, mesa e banho

Eu nunca tive e ainda nao tenho grandes pretensoes com o blog. Na verdade tudo comecou quando estava grávida e comecei a procurar informacoes sobre gestacao e desenvolvimento do bebe. No alto da minha ignorancia eu mal sabia o que era um blog e muito menos que qualquer pessoa poderia ter um.

Esses tempos atrás dei uma olhada nos meus primeiros posts e Jesus, como eu era chata. É claro que os tempos mudam e os interesses consequentemente também, mas basicamente durante minha gestacao eu só fiz reclamacoes. Tudo estava relacionado a dormir e comer. Ou melhor, sobre a falta ou excesso das duas coisas.

Depois a Mariana nasceu e o blog deveria ter mudado de nome. Deveria ter passado a se chamar: Aventuras da Mariana na Europa. Por um bom tempo ela foi o centro de todas as atencoes. E o mais incrível é que ela era realmente o centro das atencoes nao só para mim, mas para as pessoas que me visitam. Várias vezes eu fiz um tipo de teste: escrevia alguns posts de fato muito interessantes para mim e pensando nas pessoas que poderiam me visitar no blog como algumas dicas de viagens, dicas daqui de Viena, assuntos menos maternais e adivinhem: poucas visitas e poucos comentários. Daí eu postava uma fotinho bonitinha de alguma arte da pequena e adivinhem: chovia comentários. Nao que eu nao goste de que prestigiem a boneca, mas isso foi gerando uma certa preguica de escrever algo mais elaborado.

Eu nao sou uma pessoa que tem opinioes formadas sobre todos os assuntos do mundo. Muito pelo contrário. Adoro quando descubro algo novo, ou mudo meu pensamento porque ouvi uma versao melhor daquilo que eu achava como sendo verdade. Aliás, verdade para mim depende muito do ponto de vista de cada um e dentro da medida do possível respeito todos os tipos de verdades. Posso nao concordar as vezes, mas respeito.

Porém essa coluna do meio me transforma numa pessoa com pouca variacao de assuntos, ou melhor, nao que nao exista assunto para discutir, mas por diversas vezes receio escrever algo que possa ser mal interpretado ou que possa de alguma forma ofender qualquer pessoa. Digamos que eu tenho "papas na língua". Um certa vez, por exemplo, eu escrevi sobre uma celebridade que mal tinha parido estava sambando no carnaval, coisa de 2 meses após o nascimento da crianca. Na minha opiniao aquilo era um absurdo e comentei que deixar o filho com babá após o nascimento para sair no carnaval para mim era inconcebível. E aproveitei e critiquei de forma bem leve quem assim o faz. Pois nao é que teve gente comentando que certa estava a tal celebridade e que eu estava sendo invejosa. Enfim, eu nem falei tudo o que penso a respeito disso e teve gente que se ofendeu, agora imagina se eu resolvo polemizar.

Mas o fato de nao escrever nao significa que eu nao penso. Alias todos os poucos momentos que estou "livre" eu sigo pensando. Esses momentos de liberdade geralmente acontecem no banho, quando estou insone ou quando estou cozinhando. A imaginacao corre longe e os assuntos mais importantes do mundo sao debatidos comigo mesma. Se sobrasse um pouco mais de tempo quem sabe eu nao conseguiria debater com as minhas amigas virtuais. Só que eu preciso escolher entre escrever ou fazer. E geralmente o "fazer" é mais urgente, mais necessário, mas nem sempre é o que faz mais bem.

Mas paciencia. Aos poucos eu apareco, aos poucos eu escrevo e aos poucos eu visito as amigas. Voces prometem que ainda vao gostar de mim, né?

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Ah, só um Update na dieta para quem está curioso: até agora perdi 2,5 kg. Sigo sem passar fome, mas tem dias que fico enlouquecida por um doce. Já tive dias que burlei o cardápio (hoje por exemplo) e depois eu tento compensar nos exercícios ou nas próximas refeicoes. Já passei por 3 aniversários, um inclusive do marido e 1 confraternizacao de lancamento de um livro. Amanha tem uma feijoada no escritório do marido e pra quem nao entende a importancia do evento é só imaginar que faz pelo menos 2 anos que nao como uma feijoada que nao seja enlatada. Vou tentar me controlar, vamos ver se consigo. Sigo animada e quero tentar fechar o mes de Novembro seguindo o regime. Porque Dezembro tem Brasil, pao de queijo, papaia, queijo branco, pao frances e tudo o que voces já sabem.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Para animar

E o resultado da balanca de ontem foi 1,6 kg a menos em uma semana. Fiquei muito feliz porque compensou a falta do brigadeiro e me deu um animo a mais para continuar essa semana.

Tem alguns detalhes que eu nao comentei no post que falei que estava com dieta. Primeiro deles e mais importante: nao estou passando fome. Posso estar com vontade de comer algum doce, isso sim, mas fome nao. Mesmo as porcoes sendo pequenas assim que meu organismo comecar a dizer que está com fome, já está na hora de comer algum lanche novamente. Entao acho que o segredo é reduzir o olho gordo de cima da comida. Outra coisa, se está escrito para comer 2 colheres de arroz eu como 2 colheres de arroz. Nao roubo na contagem nem do prato da Mariana. Isso é importante porque muitas vezes eu comia o resto de comida dela. Agora vai para o lixo, infelizmente.

Na dieta também eu como carboidratos. Fora o pao de manha, o arroz, alguma batata, de vez em quando tem uma pequena porcao de massa integral no almoco. Isso para evitar que assim que eu volte a comer os carboidratos eu nao engorde tudo de uma vez só.

Acúcar é praticamente zero. E água é muito. Eu estou aproveitando que a água que estou tomando está me saciando, cortei a coca light também. Nao que eu tomasse muito,mas já fui bem viciada no passado. Também nao tomo bebida com as refeicoes.

Quando a vontade de comer doce aperta eu chupo um tic-tac de frutas ou masco um chiclete sem acúcar.

Em compensacao tem algumas coisas ruins que tenho que melhorar para os próximos dias. Meu consumo de café aumentou consideravelmente. Talvez por ser adocado com adocante ou por necessidade da cafeína. E minha energia deu uma reduzida master. Mas também em consequencia de diversos fatores fora a dieta, como o frio, Mariana dormindo mal porque está resfriada e a minha amiga RED que apareceu.

Mas continuo motivada. Mais um pouco e consigo o peso almejado.

Eu volto para contar como anda, até porque é um ótimo exercício para ficar atenta a dieta e nao perder o foco.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sobrevivi ao brigadeiro

Já disse tudo, né? Agora, posso ir embora?

O problema de sobreviver ao brigadeiro e demais guloseimas deliciosas da festa de ontem é aguentar o mal humor do dia seguinte. E parece que eu escolhi uma semana e tanto para comecar o regime.

Primeiro: uma TPM braba que tem me atacado nos últimos 2 dias.

Segundo: o frio de ressurgiu das trevas que fez com que a temperatura despencasse para 2 graus.

Eu poderia estar roubando ou matando fazendo um bolo de banana com canela, ou devorando uma lata de leite condensado, mas estou aqui tomando um copo d´água e chorando as pitangas.

Espero que o esforco seja recompensado com uns quilinhos a menos na balanca.

Ah, e já que a Paloma comentou no post passado sobre ossos pesados. Concordo plenamente e até acho que realmente eu devo carregar um peso extra nos lombos porque ninguém acredita que tenho mais de 60 quilos. Só quem acredita é a balanca. Mas também nao estou fazendo nenhuma loucura. Perder um pouco mais de 3 quilos nao faz mal.

É isso aí pessoal. Segunda eu volto para contar da balanca assassina.

Bjs

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

De dieta

Depois que contei sobre a minha saga recém adquirida de rata de academia acho que fica de bom tom eu prolongar a conversa um pouquinho e contar a minha incursao agora no mundo das dietas.

Eu sempre gostei de fazer exercícios físicos. Nada excessivo, mas o normal. Por poucas vezes fiquei sem contrato em alguma academia, nem que fosse para aparecer por lá uma vez por semana quando nao sobrava muito tempo. Já fiz yoga, pilates, natacao e quase todos os "body chatos" da vida.

Também já fiz muita dieta. Aliás caberia aqui um capítulo especial na minha vida porque foram raras as vezes que estive sem fazer dieta. Isso é culpa da minha genética que nao me presenteou com um corpinho e altura de modelo. Muito pelo contrário porque a família da minha mae inteira e inclusive ela sao obesos e mais baixinhos. A minha mae é a mais alta das mulheres da família dela (1,65 m) e olha que tem bastante gente para fazer a comparacao já que sao 13 irmaos no total.

E daí que nao sei como fiquei mais baixinha que a minha mae. Tenho 1,63 m enquanto minha irma tem 1,68 m. E enquanto ela tem 53 kg eu tenho 63 kg. A melhor definicao para o meu estilo corporal foi dada pela Iram, minha amiga, quando disse que a Mariana se parece comigo: estilo "socadinha". Mereco?

E daí que resolvi mudar, mais uma vez. Acontece que eu estacionei nos 63 kg (depois de ter perdido 20 da gravidez) e nem com reza braba o negócio diminui. Muito pelo contrário porque iniciei a academia e cheguei a pesar 64,2. A problemática toda é que esse peso me acompanhou por muitos anos da minha vida e acho que o meu cérebro armazenou a informacao de que esse é o peso que eu tenho que ficar. Só que eu nao quero. Eu quero mesmo é baixar da casa dos 60, nem que seja para ficar com 59,900 kg.

E desde segunda estou de dieta para tentar reverter a situacao.

Porém é bom esclarecer algumas questoes:
- eu nao perco peso fácil, até porque minha alimentacao é muito regulada (quem tem filhos pequenos entende)
- eu só como fast food muito, mas muito raramente e nao gosto de chocolate
- estou fazendo academia 3 vezes por semana
- adoro fazer bolo, mas vou abrir mao do meu prazer de confeiteira para evitar que eu coma depois.
- Eu faco bastante exercício doméstico como passar roupa, limpar casa e acima de tudo: cuidar da Mariana.
- Fora a academia: ando mais 20 minutos de ida e volta em ritmo super acelerado para levar a Mariana na escola.
- ando com o Pepe, mas devagar, pelo menos 1 vezes por dia

Entao que a única coisa que me resta acertar para emagrecer é a alimentacao, ou melhor, comer menos e mais vezes. Daí que contei com a ajuda de uma amiga que estuda medicina e que já emagreceu horrores e ajudou outra pessoa a perder mais de 27 kg para montar um cardápio que voce capaz de seguir e que me ajudasse com a perda de peso.

Basicamente se resume assim:
Café da Manha: 1 xícara de café, 1 fatia de pao integral e queijo light (estou usando cottage)
Lanche as 9:30: fruta ou meia cenoura, ou yakult light
Almoco as 11:30: 2 colheres de arroz integral, 1 pedaco de bife ou frango do tamanho da palma da mao e 3 colheres de alguma verdura, ou salada.
Lanche as 14:30: mesmo que o lanche das 9:30 hs
Lanche as 17:30: yogurte light, ou cafe com meia fatia de pao, ou fruta.
Jantar as 19:30: 6 colheres de legumes ou verduras com carne, ou sopa.
Lanche as 21:30: fruta

É claro que tem umas adaptacoes quanto ao tipo de verdura, carne, frango ou peixe, mas o básico é assim.

E o mais importante: 2 litros de água por dia medidos em uma jarra. Eu sempre falei que tomo muita água, mas 2 litros é água para ficar verde de tanto tomar. Juro!

A série da academia também foi regulada. Agora eu faco 10 minutos de esteira correndo, paro, faco 2 exercícios nos aparelhos, e volto para a esteira, contabilizando 50 minutos de corrida.

Eu espero muito que esteja perdendo peso, pois sinto que dei uma secada nos últimos 2 dias. Na próxima segunda eu me peso e venho contar o que está acontecendo.

Nao vou dizer que é fácil, especialmente se voce fizer sem nenhuma ajuda de inibidor de apetites (eu sei porque já tomei sibutramina). Mas é possível. É claro que estar em casa e poder preparar as refeicoes é fundamental porque se estivesse almocando fora com certeza teria burlado alguma coisa.

E agora vou para o teste de resistencia. Tenho um aniversário e vou tentar só tomar água. Será que consigo?

Volto para contar.

Bjs

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Receita de Muffin de banana com xarope de Maple

Faz algum tempo que estava com vontade de fazer algum bolo que utilizasse o xarope de Maple no lugar do acúcar. Para quem nao conhece o xarope de Maple é originário do Canadá e nos EUA, sendo retirado da seiva das árvores encontradas por lá. É tao comum no Canadá que a própria bandeira canadense tem estampada a folha da árvore. Além de conter sacarose, o xarope tem um sabor muito gostoso, e é especialmente rico em outras substancias que fazem muito bem a saúde como zinco, tiamina e cálcio. Serve como cobertura para panquecas, sorvetes, bolos e também como substituto do acúcar.

Daí que coloquei a criatividade para trabalhar e inventei uma receita que compartilho com voces. Talvez nao seja tao facil encontrar o verdadeiro xarope no interior, mas com certeza nas capitais é possível encontrá-lo em casas de produtos naturais e/ou importados.

Ingredientes:
- 1 banana nanica madura
- 1 ovo inteiro
- 1/3 de xícara de óleo de milho
- 1/3 de xícara de xarope de Maple
- 1 pitadinha de sal
- 1 xícara de farinha de trigo integral
- 1 colher de fermento em pó

Bata no liquidificador a banana, o ovo, o óleo, o xarope e o sal. Em uma travessa misture o trigo com o fermento e em seguida despeje o conteúdo líquido. Misture bem e coloque em forminhas para Muffins.  Coloque para assar por cerca de 20 minutos no forno a 180 graus.

Rendimento: 6 Muffins

Eu nao tentei fazer sem a clara do ovo, mas acredito que dá para tentar sem fazer muita diferenca na textura.



Eu garanto que o bolinho ficou uma delícia e super macio. Além de nutritivo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pós parto de cantora baiana

A gente passa nove meses carregando aquele serzinho maravilhoso, com todas as sensacoes da gravidez. Algumas muito boas, outras nem tanto. A cada dia seu corpo muda um pouco. As formas e curvas do seu corpo tao feminino aos poucos vao se desfazendo. Primeiro voce perde o contorno da cintura e por último nem o contorno do seu calcanhar continuará a existir. É claro que o benefício de ter um filho supera essa fase rapidinho e para algumas mulheres outros benefícios da gravidez sao mais evidentes, como um lindo cabelo sedoso e uma pele de pessego. Infelizmente a natureza nao é tao generosa com todas, obviamente. A nao ser pelo benefício do bebe.

Mas aí que termina a gravidez e uma lista infindável de desejos nascem juntamente com o baby: uma amamentacao dos sonhos, um bebe que nao tenha cólicas e que de preferencia durma pelo menos 3 horas seguidas durante a noite. Nao seria pedir muito, ne. Mas a gente também quer uma coisa muito importante: nosso corpo de volta. E aí comeca outro parto.

Quer dizer depende de vários fatores: tem gente que emagrece amamentando, tem gente que engorda e tem quem nem engorda e muito menos emagrece. E o engracado é que isso pode ocorrer com a mesma pessoa de forma diferente a cada pós parto.

Comigo foi assim. Nos meus dois pós partos, meu corpo reagiu de maneiras bem diferentes. No do Serginho eu fui a Claudia, aquela que tem no sobrenome o artigo principal da amamentacao. Em 15 dias estava seca, muito mais magra do que antes da gravidez e usando todas as minhas calcas com folga. Já da Mariana eu fui a Ivete, aquela que era mais velha quando ficou grávida, engordou mais e saiu da maternidade aparentando ter outro filho na barriga.

Vida injusta. Pois já que o parto nao me emagreceu da segunda vez, bem que a amamentacao poderia fazer as honras da casa. Que nada. Nao vou dizer que nao perdi peso, mas perdi o que era excesso mesmo da gravidez, o resto perdido foi a muito custo de fechar a boca e viver meses a base de racao humana.

Me lembro que com 2 meses da Mariana eu tinha um casamento para ser madrinha e tudo o que mais queria era o meu corpo de volta, já que ele tinha sido abduzido pela gravidez e esquecido que era só um empréstimo. E como nao deu para ficar em forma nesse período eu usei e abusei do disfarce: Mariana no colo. Ninguem prestava atencao em mim, entao nada melhor do que aproveitar. E nas ocasioes que nao dava para ficar carregando a cria, eu usei melhor desculpa do mundo: - ah, sabe né, é que eu acabei de ganhar neném...

Aos poucos e com regime fui voltando no peso antes de gravidez, mas e o corpo quem disse que voltou? Sobrou barriga e faltou bunda, e aumentou meu desgosto. E o que faltou também foi tempo para cuidar do corpo: voltar para a academia, fazer umas massagens, uma consulta no cirurgiao plástico para diminuir ou aumentar o desgosto.

Mas agora que oficialmente tenho duas horas por dia livres para fazer o que eu bem entender, resolvi me matricular na academia. Nao só me matriculei na aulas como também fechei um pacote de 10 secoes de Power Plate. Se o tal aparelho fizer metade do que a professora disse, ficarei muito feliz. Depois eu conto o resultado (ou nao, dependendo se for ruim quem sabe melhor ficar quieta e sofrer sozinha).

E os primeiros benefícios da academia já surgiram. Com eles juntamente 1 quilo a mais. E nao venham me dizer que é massa muscular porque nem deu tempo ainda. Deve sim ter sido massa de lasanha que comi a algumas eras atrás.

Enfim, parece que vou ter que continuar usando a desculpa de que acabei de ter filho pelos próximos 10 anos. Será que cola?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Eles são filhos do mesmo pai?

Foram muitos os motivos da espera de quase 14 anos para a chegada da segundinha. O mais importante deles e o que realmente fez a diferenca foi o que hoje eu conheco através da internet como a terceirizacao da criacao do Serginho. Na época nem me passava na cabeca esse termo, e sim a imensa vontade de nao ter outro filho criado por babá, creche ou avó. Já escrevi sobre isso, e particularmente sinto-me extremamente feliz em participar mais ativamente do crescimento da Mariana e de todas as fases que ela proporciona. Nao me arrependo em momento nenhum por ter esperado tanto tempo. E se essa oportunidade de estar mais presente na vida dos meus filhos nao tivesse acontecido, muito provavelmente hoje eu continuaria a ser mae de filho único. Sem neuras, pois sempre fui bem resolvida com essa questao.

Mas enfim, eis que depois de muitos e muitos anos, sou mae de dois fihos. E um detalhe muito legal entre eles: a diferenca enorme de idade. E com essa diferenca surge muitas situacoes completamente antagonicas, mas que por ora estamos lidando muito bem e para falar a verdade nos divertindo.

A primeira situacao e mais comum é invariavelmente a pergunta: "eles sao filhos do mesmo pai"? E quando feita para o meu marido: "eles sao seus filhos com a mesma esposa"? Isso me leva a crer que faco parte de uma minoria, praticamente extinta, de pessoas que tem filhos com uma significativa diferenca e que continuam casados com a mesma pessoa. Vejam bem, indepedentemente da nacionalidade, credo, raca, posicao social, as pessoas me perguntam isso diariamente. E tenho certeza de que os que nao perguntam é porque tem absoluta certeza de que eles NAO sao filhos das mesmas pessoas. Falencia da instituicao matrimonial, ou por que ninguém em sa consciencia espera tanto tempo.

Essa diferenca de idades também permite vivenciar situacoes bem inusitadas e as vezes embaracosas, como o marido trazer na mala de viagem do Brasil as encomendas dos filhos: um DVD infantil e uma revista masculina (o marido jura que nao abriu e mostra o lacre na revista, e eu acredito, tá)

Algumas vezes em reunioes de pais eu ouço: "estávamos esperando a mae do Serginho e nao a irmã". Talvez com a Mariana vou ouvir: "estávamos esperando a mae, nao a avó".

Também é conviver com um ser pedindo silencio porque está assistindo Scarface, enquanto a outra quer assistir o Cocoricó na mesma TV.

É levar um para o barzinho para se encontrar com a turma da escola num domingo a tarde e a outra no parquinho. É pensar que quando ela tiver a idade dele, ele vai estar com quase 30 anos. Quem sabe já vai estar casado, ter filhos. Ela vai comecar a ir para os barzinhos e eu que poderia comecar a pensar em voltar a dormir durante a noite, ainda terei muitos anos para ser insone.

Todo mundo concorda que um filho rejuvenesce, afinal quem é que brinca de fazer bolos de areia com mais de 30 anos de idade? Só ser for pai ou mae.

Entao aí entra a principal vantagem de se ter filhos com uma diferenca de idade significativa: quando voce comeca a envelhecer, quando voce deixa de brincar, de ouvir musicas infantis, de ir ao parquinho, de rir das coisas mais bobas e simples da vida, voce tem uma nova oportunidade de reviver.

E aí voce descobre a verdadeira poção mágica da juventude.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A escolinha e a adaptação


Chegou o tao temido início das "aulas" da Mariana. Há meses eu vinha me preparando psicologicamente para esse começo, principalmente emitindo bons pensamentos quanto a adaptacao dela nesse novo e desconhecido universo que ela está entrando e descobrindo. Há algumas semanas também vinha falando para ela que em breve ela estaria na escolinha com novos amiguinhos, que ela iria conhecer muita crianca legal e que ela iria adorar.

 Pensei bastante antes de decidirmos que ela comecaria no kindergarten agora no início do ano letivo e nao no início do ano que vem, quando ela estará com 2 anos. A problemática toda é que ponderei que fazer essa adaptacao no auge do inverno seria bem mais penoso para ela e também para mim.

Até o início das aulas funcionava assim: praticamente 100% do tempo ela fica comigo, só comigo. As excecoes sao os dias que tenho aula de alemao, mais ou menos umas 3 horas por semana, e exporadicamente quando ela fica na casa da minha amiga Iram para eu resolver alguma coisa que nao poderia fazer com ela, como uma compra grande de supermercado, trocar alguma mercadoria, ou comprar alguma coisa mais específica. Mas essas ocasioes sao raras. Entao pensando nisso imaginava que a reacao dela nao seria das melhores, mas mesmo assim mantive um pensamento positivo.

 No primeiro dia, ficamos 1 hora na escolinha e fiquei todo o periodo com ela, cerca de meia hora ela ficou no meu colo e depois aos poucos foi se soltando e conhecendo os cantos da sala de aula e da sala de brincadeiras.

 No segundo e terceiro dia ficamos mais 1 hora por dia, porém ela já se soltou mais, apesar de nao se interessar em brincar com as criancas. Sempre brincava sozinha e quando se cansava corria para o meu colo.

 Hoje no quarto dia foi melhor. Assim que eu cheguei na escola, a professora pediu para que eu saisse por 10 minutos e ela me telefonaria para avisar como a Mariana tinha reagido. Saí tomar um café e confesso, que apesar da carapaca de durona fui andando pela rua chorando. Um misto de muitas emocoes juntas. Afinal nunca deixei ela chorando e depois senti que doeu mais em mim do que nela. 10 minutos depois a professora me ligou e disse para eu ficar mais 10 minutos fora e daí retornar para a escola. Quando cheguei ela estava segurando uma bonequinha, de mao dada com a professora e olhando as demais criancas que andavam nos carrinhos.

 Mas o que realmente gostaria de compartilhar sao alguns detalhes a respeito da escola e da educacao infantil aqui na Austria.

 - Em Viena voce pode escolher qualquer kindergarten particular e matricular seu filho e sabe quem paga a conta? O Estado. Sim, tendo em vista que a demanda por kindergarten é maior do que a oferta de escolas públicas, o Estado decidiu que paga as mensalidades para todas as criancas até os 6 anos de idade. O único custo que teremos é o valor de 29 euros mensais referente ao café-da-manha e lanche da tarde oferecido pela escola e que nao está incluído no programa de alimentacao público.

 - O horário de funcionamento do kindergarten é das 7:00 às 17:00 horas. Nesse momento a Mariana ficará até as 11:30 hs pois prefiro que ela almoce comigo. Talvez no ano que vem, dependendo da adaptacao dela, ela fique até as 13:00 hs e almoce na escola.

 - A escola é muito legal, EU adoraria estudar ali, ou melhor brincar ali, já que por aqui a alfabetizacao só se inicia no Volkschule que seria o meu antigo primário. Segundo a diretora eles adotam o conceito baseado no método Montessori. Infelizmente todo o material que explica o conceito da escola está em alemao e como eu realmente nao entendo do assunto utilizarei meu senso prático e a vivencia diaria para poder avaliar se tudo está correndo da maneira que eu considero melhor para a Mariana.

Não me pergunte, o que essa criança faz de pé em cima da  mesa.
 - Nessa escola as turmas nao sao divididas por idades e sim por grupos. Sao 3 grupos de 20 criancas cada, com 2 professoras e 1 assistente para cada turma. Isso significa que na turma da Mariana por exemplo, existem criancas de 1 ano e 8 meses (ela é a mais nova) até criancas com idade próximas dos 6 anos. Quem divide as atividades sao as professoras, sendo que esses sempre separam atividades diferentes especialmente para os "minis", que sao as criancas até 3 anos de idade.

 - Na turma da Mariana as duas professoras falam alemao e a assistente só fala ingles. Ela é italiana, mas foi criada na Inglaterra. Uma vez por semana eles tem uma atividade que é executada inteiramente em ingles.

 - A refeicao da hora do almoco é bem típica daqui da Austria. Nao é muito natural e já vem pronta de uma empresa de Catering que atende a quase todas as escolas de Viena.

 - Uma semana por ano, os pais sao encarregados de fornecer frutas da estacao para o lanchinho das criancas.

 - Os brinquedos oferecidos na sala de aula sao bem variados. Alguns nao sao apropriados para os "minis" e as professoras ficam sempre de olho nas brincadeiras.

 - As criancas tem livre acesso para todas as turmas e salas. Caso ela se demonstre ter mais afeicao por uma determinada professora ou assistente, ela pode mudar de turma.

 - Uma vez por semana eles fazem uma atividade externa, como visita a museus, parques ou montanha. Faca chuva, sol ou neve. Somente os "minis" ficam na escola e participam somente quando nao é inverno.

 Enfim, muitos pontos diferentes da escolinha do Serginho quando ele iniciou nos anos de 1900 e bolinha. Da minha parte tenho tentado me adaptar e buscar informacao a respeito da educacao infantil, pois a minha formacao nao tem absolutamente nada a ver com pedagogia e sou totalmente leiga. Inclusive se alguma mae-educadora tiver alguma sugestao de leitura para iniciantes como eu, fico agradecida.

 E sigo meus instintos para decidir o que é melhor para a minha cria nesse momento.


PS: me desculpem a falta de acentos, e cedilha, mas tenho escrito no Ipad e demoro uma eternidade para acertar a escrita,  entao vai sem a correção.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

Dê dica de canetinha invisível e depois dê para sua filha uma bem visível e que não sai nem com reza braba. E olha que ela tentou limpar!

Bom fim de semana a todos.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Coisas que aprendi morando por aqui

- Planejamento estratégico: não deixar que nenhum produto indispensável acabe num fim de semana, pois você provavelmente não vai conseguir comprar antes da segunda-feira. Tudo, absolutamente tudo se fecha no sábado à tarde. Você não vai conseguir comprar um pãozinho fresco no domingo, pois cadê as padarias? E se faltar papel higiênico na tua casa, vai ser o fim-do-mundo!


- Batatas pra que te quero: voce descobre que existem dezenas de tipos de batatas e fica perdida sem saber qual delas comprar para cozinhar, no fim das contas vai comprar qualquer uma e cozinhar do mesmo jeito.


- Austríacos nao gostam dos alemães: e acho que o inverso também seja verdade. Meio parecido com a rixa Brasil X Argentina (mas pelo menos no nosso caso ambos sabem jogar futebol bem).


- Obedeça a lei: se o parque nao permite cachorro, não entre. Senão a polícia te pega e com sorte voce só leva uma bronca.


- Aproveite as estações do ano: você vai ver as estações bem definidas, cada uma com a sua beleza e com a sua particularidade. Aproveite cada dia de sol como se fosse único (e afinal de contas é mesmo).


- Viva sem pressa: essa está entre as top lições que aprendi por aqui. O ritmo das pessoas é mais lento, até porque não existe necessidade de correr tanto. Tudo funciona nos horários estabelecidos, desde o metrô até o fechamento do supermercado. Todo mundo preza a qualidade de vida acima do trabalho, por isso é normal que as pessoas não trabalhem nas sextas-feiras à tarde.


- Sem distinção: você não vai saber quem é o filho do zelador, ou o filho do embaixador. Todos se vestem da mesma maneira, vão nos mesmos lugares e tem a mesma postura.


- Nem tudo são rosas: falta uma política pública atuante no combate ao fumo. Eu fico indignada ao passar por frente das escolas e ver crianças de 12 anos ou menos fumando.


- Biquini pequeno é sensual: top less ou nudismo é natural. E ficar com biquini molhado faz mal, por isso troque todas as vezes que sai da piscina por uma roupa seca. Pode fazer a troca na frente dos outros mesmo, sem neuras.


- Descobri também que entrei num período sabático e não quero mais sair dele, rá!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Saindo um quarto de bebê, entrando um quarto de criança

Há algum tempo eu vinha descontente com o quartinho da Mariana, ou melhor daquilo que restou do quarto da Mariana. A cômoda que também era trocador estava desmontando, o berço já estava no meu quarto, os brinquedos espalhados, enfim um ambiente nada agradável nem para adultos, muito menos para crianças. Sem contar que no  quarto da Mariana eu tenho um trambolho chamado sofá-cama que serve para o marido dormir as visitas que  vem aqui. Detalhe: todo delicadamente trabalhado no mais  vermelho, sangue, paixão, amor... Me parecia impossível transformar aquele ambiente para um quarto infantil agradável.

Daí me lembrei que a Ana Paula, mãe da fofa da Beatrice tinha feito um post sobre a reforma que ela fez no quarto da pequena com uma visão mais educativa, com base no conceito de Maria Montessori. E lá fui eu buscar inspiração para arrumar o quarto da Mariana. Bem, a Ana Paula sempre me inspira bastante então não é difícil dizer que é claro que tive boas idéias no blog dela. Sem dizer que a própria Ikea também ajuda um bocado, por isso algumas coisas são bem parecidas no quarto da Bea com o da Mariana.

No post da Ana Paula voce vai entender muito bem o conceito, pois ela explica muito bem a filosofia de Montessori. O que particularmente achei bem interessante é disponibilizar para a criança um ambiente para que ela possa explorar e que propicie o desenvolvimento motor, sensorial e cognitivo da criança. No conceito de Montessori mesmo o uso de berços é um limitador do desenvolvimento do bebê e o ideal seria que desde bebe sejam colocados para dormir em colchões no chão. Aqui em casa colocar a Mariana para dormir num colchão seria o ideal, porém inviável já que o Pepe assumiria como cama dele qualquer coisa mais confortável que estivesse no chão.

Outra questao interessante é a organização dos brinquedos. Os brinquedos devem ser separados em nichos de forma que a criança tenha total acesso tanto para apanhá-los bem como para guardá-los depois. Nisso eu estava pecando, pois apesar do antigo quartinho nao ser uma desordem total, havia poucos nichos para separar os brinquedos e consequentemente tudo ficava mais bagunçado.

A minha intenção ao fazer esse post não é esgotar o assunto, até porque não tenho conhecimento técnico para tanto, mas sim inspirar quem deseje mudar o quartinho do bebê, assim como a Ana Paula me inspirou.

Entao vamos as fotos:

Elemento da natureza: coloquei esse pequeno vaso de violeta para que ele regue e veja a  natureza se renovando. Desde que coloquei o vaso é a segunda vez que saem novas flores. O outro elemento animal, nem precisa citar, esse ela tem contato desde que nasceu e entende bem o que é judiar cuidar.


 
Estante de livros e bichinhos. A joaninha serve de apoio para sentar. Na caixa da prateleira mais baixa ficam brinquedos de madeira e alguns instrumentos musicais pequenos. Nessa prateleira também coloco o som portátil.


Na caixa de plástico ficam os brinquedos de plástico e os mais diversos. Já na de tecido ficam as bonecas.

Eu continuei usando uma cômoda no quarto, porém substituí por uma mais descolada e que faz conjunto com a mini caminha e criado mudo. Também misturando os tons de vermelho com a  minha verdadeira paixão que é o rosa.
O espelho como elemento de auto-estima. Na altura que ela pode se observar inteira.

Outro baú de brinquedos que contém brinquedos maiores, como peças de encaixar e alguns bichos de pelúcia mais bebezísticos e que hoje ela brinca menos.


Mesinha com cadeirinha de trabalho.


Visual do quarto inteiro.

Ainda tenho mais elementos para incluir no quartinho, como as fotos da família e a mini cozinha que estou me coçando para comprar. De qualquer forma achei que  no final consegui um bom resultado e tenho percebido de que depois que arrumei o quartinho, ela passa mais tempo brincando. Só falta ela dormir aqui, mas essa é outra  história.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pintando sem sujeira

Desde pequena eu sempre gostei de brincar de desenhar. Confesso que não tenho dom nenhum para a coisa, mas desenhar era um dos meus passatempos preferidos, assim como brincar de bicicleta. E por conta desse meu gosto adoro comprar tintas, canetinhas, lapis de cor e papeis coloridos. E como é uma boa diversão para os dias que temos que ficar em casa, é claro que incentivo bastante a Mariana a desenhar.


E aí me descobri como super fã dos produtos da Crayola. Ja tinha lido em vários blogs de mães que também gostam e compram para os filhotes e dessa vez resolvi experimentar aqui em casa o "Color Wonder". São as canetinhas com tinta invisível e carimbos que só aparecem no papel próprio.

imagem daqui

Gente, achei o máximo. Você pode deixar a criança brincar tranquilamente sem medo de estar riscando as paredes ou o sofá.

Outro produto que também aprovei é o "Aqua Doodle". É uma canetinha que você preenche com água e que colore o papel próprio também. A vantagem é que depois de alguns minutos a coloracao se apaga e você pode continuar reutilisando o papel.

imagem daqui

Porque se sujar faz bem, mas limpar tudo depois, nem tanto.

Bjs

Lu

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Minha casa é mal assombrada!

Toda vez que a Mariana está tirando a sonequinha da tarde eu ouço passinhos correndo pelos quartos.

Escolha a resposta que mais lhe cai bem para essa questão:

a) a casa é mal assombrada e se fosse você mudava daí rapidinho;

b) você está neurótica, deixa a menina dormir sossegada;

c) a Mariana levanta correndo e volta a dormir, você que não percebe;

d) esqueceu que tem cachorro???

e) coloca uma musica e vai passar roupa porque você tem mais o que fazer.

Bjs

Lu

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Demorou, mas chegou!!!

Imagem daqui

Foi só falar que o verão desse ano estava fracote que ele resolver surgir na sua forma mais cruel....

Imaginem o que aconteceria se fizesse zero grau no Rio de Janeiro? Com certeza seria um caos, não é mesmo? Pessoas passando mal por causa do frio, isso sem contar que alguns poderiam até falecer. As pessoas não estariam preparadas para esse suposto frio, as casas não seriam apropriadas para reter o calor e todo mundo ficaria reclamando.


É exatamente o que acontece por aqui com esse calor todo. As casas retem calor por isso viram verdadeiros fornos. Ter ar condicionado é raro, afinal de contas ele é usado poucas vezes no ano. O barulho das sirenes das ambulâncias tentando socorrer quem está passando mal é uma constante, lembrando que existem muitos idosos e que sofrem ainda mais com esse calorão todo.

Não é uma reclamação minha, longe disso, mas nessas horas duvido que não tenha alguém sentindo saudade do inverno.

Bjs acalorados

Lu

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Lu, where are you?

 Para quem achava que eu tinha sumido de vez, eis que como uma fênix reapareço. A verdade é que tenho tido pouca inspiração e vontade de escrever, somado as férias, visitas dos amigos e criançada em casa (leia-se: Serginho em casa). E também porque considerando que o inverno dura 6 meses e que nesse período pouco se vê o sol, não dá para ficar marcando bobeira e perder de aproveitar os últimos dias de sol brilhando e do calorzinho que ainda resta.

Se bem que o verão desse ano, só por Deus. Tivemos alguns dias lindos e outros que não deixavam que ninguém se esquecesse do inverno. Se tivesse que dar uma nota para o nosso veranico eu  daria 5 (realizem como a coisa não foi das melhores).

Mas como não dá para perder muito tempo com reclamações, vamos aos fatos.

Muita coisa aconteceu por aqui desde junho. Primeiro tivemos a deliciosa visita dos nossos amigos Joaquim, Aline e Ismael. Antes de voltar para o Brasil encerrando a temporada de um ano em Paris, eles nos visitaram e foram dias maravilhosos.

Os dois pequenos que já eram conhecidos, ficaram muito bem juntos. O Joaquim é uma graça de menino, super tranquilão, não tempo ruim e espero manter contato com essa família querida por muito tempo.

Uma massagem nos pés, por favor

Aproveitamos para bater perna junto com eles aqui por Viena, beber muito vinho e conversamos muito. Enfim, um fim  de  semana muito legal, embora o maridão estivesse viajando.

Vista do Castelo Schonbrunn a partir do Gloriette


Assim que eles foram embora eu comecei a arrumar as malas  porque eis que a tão almejada viagem de férias chegou. Engraçado essa mudança de perspectiva. Antes as viagens de férias eram no verão, quer dizer continuam sendo, mas sabendo que praticamente todo mundo que conheço está no inverno do Brasil, dá a impressão de que estou boicotando algúem. Deu pra entender? Clareza não é meu sobrenome.

Alguém conhece a bandeirinha da foto?



Fomos para a Turquia. Mais especificamente para Sarigerme, uma localidade em Dalaman as margens do Mar Egeu. Ficamos uma semana hospedados no Hilton Dalaman Golf Resort. Super, hiper, mega recomendo. Vista espetacular com serviço 5 estrelas de verdade. 



Reconhecem essa flor se esbaldando na piscina?

Daí que voltamos e já tinhámos a minha amiga Arlete nos esperando. Ela que já morou em Viena na época que me mudei para cá e ficou apenas 8 meses, veio para matar as saudades.

E ela também se foi rápido demais, deixando saudades. Mas já temos visita programada para o fim do ano, porque sempre me hospedo uns 2 dias em SP na casa dela antes de seguir rumo ao interiorzão do Paraná, mais conhecido  como fim-do-mundo.

Nem sequei as minhas lágrimas da despedida da Arlete, e já me preparei para a segunda rodada das férias: minha cunhada, com marido e os meus 2 lindos sobrinhos, Felipe com 12 e Fernando com 4.

Eles só resolveram vir para cá por insistência minha. A idéia inicial deles seria ir para Disney em Orlando e talvez ir para NY. Mas eu insisti tanto que eles acabaram concordando. Afinal de contas, não vou morar para     sempre por aqui e nada melhor do que ter um ponto de apoio nas viagens para lavar as roupas, dar uma descansada, comer uma comidinha caseira e rever os parentes. E o que dizer se esse ponto ficar em Viena, então?

Enfim, em 12 dias eles visitaram Amsterdam, Viena, Roma, Praga e Budapeste. Foram embora na segunda e ficarão 3 dias em Paris antes de retornar para o Brasil.

Vista de Budapeste 
O legal é que pude mostrar para eles que é possível viajar para Europa com crianças e ser feliz. Especificamente em Viena nessa época do ano tem muita coisa para visitar, parques, parques de diversão, piscinas públicas, museus infantis para o dia que está chovendo, enfim muitos passeios que é possível incluir muito bem as crianças. Eles ficaram muito impressionados e adoraram.

Mas também já se foram e eu já tenho que secar as lágrimas novamente porque logo, loguinho começarão as aulas  da Mariana. Minha cabeça está a mil.

Prometo que mando notícias e que não demoro tanto assim.

Um beijo para todos.

Lu

PS: a foto no fundo do blog é de Viena tirada a partir do Donauturm que é a torre daqui.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

E as birras....


Pessoal, estamos de férias, por isso o lento está bem mais lento mesmo.

Só para tirar um pouco da poeira,  vai uma foto que representa bem o momento. Enquanto ela está na birra, só resta para ele dar risada.

Bjs

Lu


PS: eh claro que estou participando do sorteio do Minha mae que disse....

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sessão de tortura ali ao lado

Eu não tenho medo de dentistas. Mas por precaução só procuro dentista quando vou ao Brasil. Na minha opinião ir ao dentista aqui na Austria, seria como resolver fazer uma lipoaspiração em terras tirolesas. E vamos e convenhamos que no Brasil se encontram ótimos cirurgiões plásticos e dentistas. Isso se não forem os melhores do mundo. Então pra que arriscar, né? Com exceção temos a ortodentista do Serginho, que é da Eslováquia, mas estudou nos EUA e mora em Viena há muitos anos. Mas até ela tem um pezinho no Brasil, pois o filho mora em SP e ela tem uma netinha brasileira.

Só que há alguns dias senti que uma restauração trincou e não daria para esperar até o fim do ano para resolver no Brasil. Daí que  descobri uma dentista brasileira aqui em Viena. Mais ou menos como achar água no deserto. E lá fui eu para a consulta.

Como seria de se esperar de uma dentista, a delicadeza em pessoa. Super gentil,  resolveu na hora o problema e aparentemente com um serviço bem feito.

Só que enquanto ela cuidava de mim eu ouvia os pacientes dos consultórios ao lado. Primeiro ouvi a voz de homem gritando. Pense num grito de dor. E o grito persistia, não era um gritinho tipo AI não. Ele berrava.

De repente parou. Daí escuto uma voz de mulher gemendo, gemendo até começar a berrar. Pára. Volta para o homem, grita mais. E eu com a boca imobilizada sem poder perguntar o que era aquilo.

Assim que consegui perguntei o que estava acontecendo ao lado. A dentista então me contou que a grande maioria dos tratamentos dentários daqui são feitos sem anestesia. O plano de saúde público só libera anestesia para casos de extração ou tratamento de canal. Para restaurações normais o cliente tem que pagar particular sendo que custa 18 euros. Porém não basta querer pagar. O problema é que a maioria dos dentistas não aceita fazer com anestesia. Porque para isso ele tem que esperar um tempo maior e a grande maioria atende 2 pacientes por vez e não pode perder tempo aguardando aanestesia fazer efeito. É claro que existem consultórios que atendem um paciente por vez, mas não são a regra como no Brasil. E obviamente são muito mais caros.

E além do que me pareceu que os pacientes foram tratados com mão de ferro. Por isso a necessidade de trocar de consultório para dar tempo do paciente respirar enquanto a tortura começava no vizinho.

Estou pensando em fazer um sorteio no blog: tratamento completo de dentes aqui na Áustria. Será que vai ter alguém interessado?

Bjs

Lu

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Falando dela

Faz tempo que não falo da caçulinha, né? Mas deixa eu babar um pouco na pequena porque realmente essa fase está deliciosa.

- Definitivamente ela não é tão faladora quanto o Serginho. Aqui em casa pelo jeito a regra de que menina fala antes do que menino não pegou. Mas mesmo falando menos do que ele nessa idade, muitas frases já saem perfeitinhas.

- Hoje cedo aconteceu algo bem legal. Eu tirei a fralda para trocar e ela pediu cocô. Daí eu repeti: - você quer cocô. E ela respondeu: - Nhão, sisi (não, xixi). Coloquei ela no peniquinho e ela fez um monte de sisi...

- Também é super vaidosa. Adora trocar de roupas, pentear os cabelos e passar perfume. Ah, e troca de sapatos o dia inteiro. Ela mesmo escolhe e fica tentando acertar no pé.

- Não tem quem não se derreta quando ela se despede dizendo bye-bye. Tudo começou num dia em que eu estava marcando um retorno na dentista para o Serginho e finalizando a conversa me despedi com um bye-bye. Imediatamente ela começou a repetir bye-bye. Daí ela entendeu que bye-bye é a mesma coisa que tchau e onde estivermos ela se despede assim. Daqui a pouco vai ser com Auf Wiedersehen.

- O apetite diminuiu um pouco. Não é mais a comilona de tempos atrás. Agora está pesando 11.900 gr na balança de casa.

- Para o meu desgosto musical ela ama o Patati Patatá e a Galinha Pintadinha. Sabe até as musiquinhas e do jeito dela canta.

- É super desengonçada para dançar. Acho que vai puxar a mãe nisso também.

  Acima de tudo continua sendo minha parceirinha dia e noite. Sempre disposta a bater pernas na rua.  Também com os dias lindos de ultimamente, tem coisa melhor?

Bjs

Lu

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Os nãos da maternidade

Se ser mãe fosse profissão com certeza seria uma das profissões mais restritivas. Poderia ser comparada como uma polícia com atuação 24 horas por dia, 7 dias por semana com raio limitado às 4 paredes  da casa. Quer dizer, as vezes até mais do que isso, mas digamos que só dentro de casa já estaria de bom tamanho. As leis que determinam o poder da mãe são muito mais poderosas do que qualquer legislador um dia imaginou ter. Elas são passadas de geração após geração, mas também podem ser copiadas de uma mãe por outra independente da ligação familiar entre elas. As leis também podem ser feitas por outros orgãos e outros profissionais que estudam as leis maternas e podem dizer o que é mais correto para cada idade, entre eles a OMS e os pediatras.

E aí começam os "nãos", já que como uma boa lei restritiva o negócio é restringir mesmo.

No ínicio da vida do bebê os "nãos" são ditados pela mãe para a própria mãe:
- NÃO pense na dor do parto, faça o que for melhor para o seu filho.
- NÃO ofereça chupeta.
- NÃO dê outro alimento a não ser o leite materno até os 6 meses de vida.
- NÃO dê papinha industrializada.
- NÃO dê sal antes de 1 ano.
- NÃO dê açúcar antes de 2 anos.
- NÃO deixe com babá.
- NÃO coloque na creche ou escolinha antes dos 2 anos.
- NÃO mime muito.

E quando a criança começa a entender um pouquinho, os "NÃOS" passam a ser direcionados para ela e vão modificando com o passar dos anos:
- NÃO ponha isso na boca.
- NÃO pode comer fora de hora.
- NÃO pode brincar agora.
- NÃO vai dormir sem tomar banho.
- NÃO deixe os brinquedos espalhados.
- NÃO assista DVD ainda, você é muito pequeno.
- NÃO troque o DVD pela TV. O Discovery Kids não tem programas adequados para a sua idade ainda.
- NÃO troque o Discovery Kids pela TV aberta.
- NÃO assista o Cartoon Network, você não tem idade para desenhos de luta.
- NÃO brinque com os amiguinhos tantas horas por dia.
- NÃO vai dormir na casa de nenhum amigo ainda.
- NÃO coma tanto biscoito, pizza e Mc'Donalds.
- NÃO tome coca-cola.
- NÃO escute esse tipo de música.
- NÃO troque o Cartoon Network pela MTV, peloamordedeus.
- NÃO ouça música tão alto.
- NÃO tire notas baixas.
- NÃO fique na internet tanto tempo.
- NÃO abra essas páginas da internet, meu Santinho o que é isso? Mulher pelada, nããããõooo.
- NÃO demore no banho. Porque cargas d´agua você demora tanto no banheiro????
- NÃO tenha más companhias.
- NÃO fume.
- NÃO beba.
- NÃO use nenhuma droga lícita ou ilícita.
- NÃO volte tarde.
- NÃO deixe de tomar café da manhã.
- NÃO vá fazer essa faculdade tão longe.
- NÃO escolha essa profissão.
- NÃO mude de emprego.
- NÃO case com esse vagabundo ou com essa piranha.

Mas bem antes do que você espera, quem começa a dizer não são esses seres pequerruchos, indefesos e que um dia bem a pouco tempo atrás ainda usavam fraldas.

Isso tudo para dizer que o Serginho fez 15 anos e não teve post sabe porquê:
- NÃO faça nenhum post, não me faça pagar mais esse mico.

Bjs

Lu

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Minha primeira aula de alemão

E entra na sala uma jovem senhora, no alto dos seus 100 quilos, cabelos longos, cara de quem trabalhou como Super Nanny, me olha e diz: - Guten Morgen. Ich heiße Rossana. Und wie heißem Sie?


E eu com a maior cara de ponto de interrogação. Mentira. Essa pergunta já era das minhas conhecidas e também se não fosse ia acabar deduzindo a resposta.



Para estreiar uma nova fase da minha vida e por absoluta necessidade de comunicação, me matriculei na aula de alemão. Hoje foi a minha estréia e diga-se de passagem até que fui bem. É claro que o fato de estar a mais de dois anos aqui ouvindo diariamente alemão, seja nas ruas ou pelos meios de comunicação, ajudou bastante. 

Quando eu disse absoluta necessidade é porque a partir de setembro a Mariana iniciará no kindergarten e eu preciso ao menos entender algumas coisas básicas para me comunicar com os coleguinhas e seus pais. Nem tanto com as professoras ou diretora da escola porque aqui todo mundo fala inglês, praticamente. É pelo fato de termos optado por uma escola austríaca e não internacional e todo material e reuniões são em alemão, obviamente. E isso exigirá de mim um tanto de esforço extra para compreender tudo o que se passa. 

O que realmente achei legal é começar uma língua do zero. Acho que a grande maioria dos brasileiros alfabetizados tem uma noção do inglês quando estudaram em escola. Mas alemão a gente não tem a menor intimidade. Isso porque tenho uma descendência nos primórdios da era pré-histórica de alemães na família. Mesmo assim tudo é muito novo. 

Enfim, achei muito legal. Por enquanto vou fazer dois dias por semana enquanto o marido cuida da Mariana e depois quando as aulinhas começarem, aumentarei o ritmo. Nesse primeiro momento estou fazendo aulas individuais no Berlitz, mas conforme a conversação comece a fluir pretendo fazer mais aulas em grupo. 

Animadíssima. Sintam o fluxo das emoções. Espero que mantenha esse nível de motivação pelos próximos meses. 

E isso aí seu alemão, pode vir com tudo. Freut mich.
Bjs

Lu

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dou conta não

Quando eu escrevi que terminaria os posts sobre a viagem de Páscoa até julho alguns acharam que usei uma figura de linguagem, daquelas bem de exagero mesmo. Era nada. Ando numa lerdeza que mais parada que eu só tartaruga empalhada.

Enfim, tenho lá meus motivos.

O primeiro e mais delicioso deles é a primavera. Cês não tem idéia. Está praticamente impossível ficar dentro de casa com o sol brilhando até mais tarde. Aqui em Viena tem anoitecido depois das 8 da noite. Em compensação tem amanhecido por volta das 4 e meia da madruga. (Isso me lembra para providenciar urgentemente um blackout para as janelas dos quartos).

Outra é a falta de motivação para escrever. Não sei o que aconteceu, mas estou meio de saco cheio, sabe como é? Não acho mais tanta graça nas questões materno-infantis. Aprendi e aprendo a cada dia mais com a blogosfera, mas tem algumas coisas que já passaram da época para mim. Não dá mais para escrever quantas vezes a Mariana fez cocô, se come, se não come, se dorme, etc.

Daí não sei se sou eu que estou rabugenta mesmo, ou se só voltei a minha condição normal de chatice. Porque vamos combinar que eu sou gente boa, mas as vezes sou meio "invocada" mesmo.

E cheguei a uma conclusão: preciso de assunto. Assunto novo. Assunto bom. Coisa diferente. Coisa legal. Me entenderam?

Ainda estou procurando meu rumo. Vamos ver quando eu vou achar e se é que vou achar.

Volto em breve, I promise.

Bjs

Lu

quarta-feira, 4 de maio de 2011

10 segundos de distração

- Dei banho
- Coloquei pijama
- Dei janta
- Dei água
- Mas esqueci de jogar fora a água da banheira

E o que acontece quando eu tenho 10 segundos de distração?


PS: é engraçadinho, mas super perigoso. Com criança não dá para dar um segundo de bobeira. Olho vivo nelas.

Bjs
Lu

domingo, 1 de maio de 2011

Florença


A idéia de ir até Florença surgiu de uma exigência do Serginho. Desde que ele foi com a turma da escola no ano passado ele vinha nos cobrando para irmos todos juntos conhecer essa cidade da região da Toscana na Itália. Nessa mesma época também estava passando a novela Passione e muitas cenas mostravam a cidade e a bela região da Toscana.

Então que resolvemos que assim que surgisse a oportunidade viajaríamos para a Itália. A primeira idéia seria irmos de carro e até já tinha feito um roteiro bem mais amplo visitando várias cidadezinhas e seguindo depois para Roma. Porém alguns fatores acabaram nos fazendo optar pela viagem de avião. O primeiro porque as passagens aéreas na Europa são baratas, se compradas com certa antecedência, e também porque a Mariana continua com uma certa restrição as viagens de carro. Esses tempos atrás fomos para Praga, uma viagem de cerca de 4 horas de Viena e foi bastante desgastante conseguir mantê-la na cadeirinha.

Passagens compradas, hotéis reservados e pontos turísticos a serem visitados na ponta da lingua, lá fomos nós. Embarcamos na sexta-feira de Páscoa depois do almoço e as duas da tarde já estávamos em Florença.

A primeira impressão da cidade, ainda dentro do taxi, foi muito boa. Uma cidadezinha pequena com colinas e casinhas charmosas. Nos hospedamos no Hotel Londra bem próximo da estação de Trem Santa Maria Novella.

Falando em Hotel acho que é bom fazer uma pequena pausa para algumas explicações. Sempre reservo hotéis pelo site booking.com. Os pontos que levo em consideração para fazer a reserva são: preço, localização, se tem internet grátis, nota que o booking deu para o Hotel, comentários dos clientes, se for o caso de viajar com o Pepe se aceita animais e no caso de estarmos de carro se possui estacionamento ou quanto custa um estacionamento privado.

A questão da localização para quem tem criança pequena é fundamental. Antes da Mariana nascer nos arriscávamos a ficar em lugares mais longes e consequentemente mais baratos, porém com ela tudo é diferente. Precisamos ficar em locais que tenham uma boa opção de restaurantes próximos, que possamos nos locomover o mínimo necessário em transporte público e que tenham um conforto maior do que uma categoria turística proporciona. Quando você não tem filhos pequenos normalmente utiliza o hotel somente para dormir, porém com bebês e crianças menores você provavelmente via ficar um pouco mais de tempo no quarto. Muitas vezes depois do almoço levamos a Mariana para o Hotel para dar uma descansada do passeio, tirar uma soneca e recarregar as baterias para mais um passeio a tarde. Por isso a necessidade de um conforto maior e uma localização privilegiada.

No caso de Florença tive o azar de escolher um Hotel bem localizado, porém com péssimo serviço, muito pouco conforto e caro. Apesar da nota altíssima no booking e bons comentários, o hotel não representava o que dizia ser. Era um hotel 4 estrelas, mas na minha avaliação seria 2 estrelas.

Ah, para não errar normalmente gosto das redes porque tem sempre o mesmo padrão ao redor do mundo, porém estamos com dificuldades de reservar no Ibis ou Mercure porque eles não aceitam 4 pessoas no mesmo quarto. E para reservarmos um quarto extra para o Serginho, o custo acaba ficando acima do que pretendemos gastar.

Voltando a viagem, depois de deixarmos a mala no hotel fomos conhecer a cidade.


O Serginho tinha razão quando falava que Florença tinha história para todos os lados. Além de ser o berço do Renascimento, os edifícios tem muita arquitetura diferenciada, as ruas são estreitas, a cidade ferve de turistas, tem uma boa comida (como sempre na Itália) e os preços não são caros. Precisa dizer algo a mais?

O primeiro lugar que visitamos foi o Duomo. Na realidade a praça conhecida como Duomo é composta pela Catedral, pelo Campanil de Giotto e pelo Batistério. A Catedral começou a ser construída em 1294 e é famosa pela sua cúpula, obra prima de Brunelesco entre os anos de 1420 a 1434. A arquitetura é gótica e a fachada com pedras verdes e brancas dão o diferencial desta praça.


Catedral ao fundo, Batistério a esquerda e Campanil de Giotto a direita.

Campanil de Giotto.

Seguimos nosso passeio e fomos até a Piazza della Signora, onde se encontram o Palácio Velho, o Pórtico dos Lansquenetes e a Fonte de Netuno.

Parte da Piazza della Signoria.

Anexo também se encontra o Ufizzi que abriga as obras dos Renascencistas e é um dos principais museus da cidade.

Uma cena muito comum de Florença são as pinturas feitas no asfalto, feitas por artistas da região, cópias de pinturas famosas.





Foto da entrada do Palacio Vecchio.

Continuamos caminhando sentido ao Rio Arno para observarmos mais um cartão postal da cidade: a Ponte Vecchia. A particularidade dessa ponte é que existem casas pequenas nos dois lados. Foi construída por Neri di Fioravante em 1345.



Continuamos nosso passeio até a Basílica di Santa Croce, que também abriga famosíssimas obras de arte de importância histórica. A sua construção iniciou-se em 1294 por Arnolfo di Cambio.

Da Basilica retornamos para o Hotel, uma caminhada de cerca de 40 minutos. Aproveitamos para tomar um banho, pois logo teríamos que sair para jantar.

Sobre os restaurantes. Em Florença existem muitas boas opções de restaurantes tradicionais italianos. A boa notícia é que os preços não são exorbitantes e os pratos além de serem bem servidos, são também muito gostosos. O vinho da região é o famoso Chianti, que particularmente achei maravilhoso. Uma garrafa de um Chianti Clássico custa em torno de 18 euros. Super recomendo. As massas custam por volta de 10 euros e segundo prato em torno de 18 euros. Eu não guardei o nome dos restaurantes que nós estivemos, mas pelo que observei nos menus é que os preços não variam muito e acredito que a qualidade também não seja tão diferente.

Do jantar direto para o Hotel, pois já estávamos bastante cansados com as andanças do dia.

Uma dica que posso dar para quem tem interesse em ir a Florença e entrar nos museus é comprar o ticket pela internet. Você escolhe a hora e evita de ficar nas filas. Eu já sabia dessa dica e acabei não fazendo isso em casa antecipadamente porque não sabia como seria ir para um museu com a Mariana, se existem escadas, etc.

O que aconteceu foi que na primeira noite em Florença tentei fazer a compra pela internet, mas já não existia disponibilidade para o dia seguinte e as filas tanto no Ufizzi quanto na Academia nos desanimaram. Ou seja, ficamos sem ver uma das principais razões de se visitar Florença que são os museus e as obras de arte.

O Davi de Michelângelo que é um dos cartões postais da cidade só foi visto por nós a réplica localizada na Piazza della Signoria. (O Serginho não se conformou de não termos ido aos museus e segundo ele nossa viagem foi a maior perda de tempo).


De qualquer forma, mesmo não entrando nos museus conseguimos ver muita coisa interessante e aprender muito sobre a história da cidade.

No dia seguinte resolvemos ir a Pisa e passamos quase o dia todo lá (história para outro post). No retorno no fim da tarde ainda passeamos por Florença e visitamos a Capela dos Médicis.

Fachada da Basílica de São Lourenco, onde está localizada a Capela dos Médicis.

Florença em seu processo de expansão foi disputada por diversas famílias poderosas. Entre elas, sobressaiu-se uma família de banqueiros, a dos Médicis. O primeiro dos Médicis foi Cosme I chamando "O Velho" que governou até a primeira metade do século XVIII e elevou Florença a categoria de cidade-farol do Humanismo e do Renascimento. Nessa mesma época surgiram os personagens como Leonardo da Vinci e Michelângelo.

Na capela estão localizados os túmulos da família dos Médicis. Apesar da parte exterior ser bem simples, de pedra bruta, internamente ela é muito bonita e abriga diversas obras de arte, especialmente dois púlpitos de bronze de Donatello. Dessa vez a fila não era grande e acabamos entrando para conhecer sendo nosso último passeio em Florença. No dia seguinte logo cedo partiríamos para Roma.

Em resumo gostamos muito de Florença. Os únicos pontos negativos foram o Hotel e o fato de não termos visitado os museus. Acredito que dois dias sejam suficientes para se conhecer a cidade e os principais pontos túristicos.

Numa próxima viagem eu incluíria conhecer a região da Toscana de carro (assim como era o plano original), especialmente nessa época do ano em que os campos estão todos floridos e dando uma beleza maior ainda.

É isso. No próximo post eu conto como foi o nosso dia em Pisa.

Bjs

Lu

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Páscoa em Florença, Pisa e Roma

Oi pessoal

Acabamos de chegar das nossas mini-férias de Páscoa. Ou seria do nosso feriado prolongado de Páscoa. As malas já foram desfeitas e estou com pilhas de roupa suja espalhada pela casa.

E aí que eu estava pensando em não escrever nada sobre essas férias. Por dois motivos: o primeiro por falta de paciência e falta de tempo. O segundo por inaptidão para dar roteiros de viagem (diga-se de passagem que os meus posts sobre viagens sempre são bem menos comentados). Eu até acho legal quando vejo em algum blog que detalham dia após dia das viagens, onde ficar, comer, descansar e não sei se consigo fazer igual. Especialmente quando o assunto é turismo e a minha visão está limitada ao que vi e senti nos poucos dias que estive no lugar.

Mas por outro lado duas coisas pesam no fato de escrever e postar coisas sobre as nossas viagens. De novo, o primeiro motivo é a família e meus amigos do Brasil. Tá certo que o blog é público, mas é quase uma falta de consideração não mostrar para eles e detalhar o que deu para conhecer em nossos passeios. O segundo é que queira ou não, o post pode ser um incentivo para quem tem filhos (e também filhos pequenos) possam fazer turismo e as nossas experiências aqui de casa podem ajudar. Afinal de contas nem sempre tudo dá certo e o que não deu certo para mim pode evitar outros de caírem numa cilada.

Isto posto, informo que vou escrever sobre essa nossa linda viagem. Não sei quantos posts. Não sei quanto tempo vou levar para escrever. Só sei que tenho que terminar antes de julho, pois daí tem outra viagem agendada.

Então se preparem, logo vamos embarcar rumo para Florença, Pisa e Roma. Quer vir junto conosco?

Bjs

Lu

terça-feira, 19 de abril de 2011

Visita muito especial

Esse fim de semana tivemos uma visita muito especial aqui em casa. Desde que iniciei com o blog fiz muitas amigas. Algumas delas estão do outro lado do computador e não tive o prazer de conhecê-las pessoalmente. Porém especialmente com a Liza eu tinha certeza de que um dia nos conheceríamos ao vivo.


A Liza, o Bebeto e o Miguelzinho moram na Alemanha, quase na divisa com a Suiça e com a França. São quase 800 km de Viena.


Eu e a Liza muitas vezes ficamos horas conversando pelo skype e temos algumas afinidades. A que eu mais acho interessante é que ambas somos bem caseiras e bem família. E dessas afinidades surgiu uma bonita amizade que finalmente saiu da tela do computador e surgiu na vida real.


A Liza está acompanhando o marido numa convenção em Praga e mesmo fora de mão conseguiu passar em Viena para juntas aproveitarmos o fim de semana.


Além de ter o prazer de ter conhecido o Bebeto e o Miguelzinho, de quebra ainda consegui sentir o Davi se mexer.



Mesmo com os quase 8 meses de gravidez e a barriga bem saliente a Liza esteve bem dispostas para passearmos pela cidade.



Foi um fim de semana muito gostoso. Sinto por ter passado tão rápido. Mas em breve espero que possamos nos reencontrar.

E agora, quem será que vem mais me visitar, hein, hein?

Bjs

Lu