segunda-feira, 3 de junho de 2013

Já vivi outras vidas.

As vesperas do aniversario de 17 anos do meu filho, várias coisas passam pela minha mente. Nao sei se é fruto de um inferno astral ja que estamos no mes em que entro no meu ultimo ano da década dos trinta. Logo, logo vou deixar de ser uma balzaquiana. Falta pouco mais de um ano para que eu passe a ser quarentona. 

O estranho de tudo isso é que nao me sinto "envelhecida". Talvez pelo fato de ser mae de uma crianca de 3 anos, ainda me enquadro no grupo das maes de bebes, ou quase bebes. Mas tambem estou no grupo das maes que tem filhos adultos, afinal 17 anos já nao é mais adolescente (ou ainda é?)

Moro na Europa, mas sinto que foi ontem que morava no interior do Parana. Nao trabalho fora, mas parece que larguei meu emprego a muito menos tempo do que já é. Nao sonho mais com trabalho, mas tambem nao me sinto afastada do mundo corporativo. Ainda sei conversar sobre assuntos que nao envolvam roupas lavadas, comidas, casa cheirosa e filhos birrentos. 

Nao sou velha, mas as vezes tenho a impressao de que caberia muito mais de uma vida dentro da minha. 

Como pode alguem mudar da água para o vinho (nesse caso um vinho especial, saboroso e encorpado)? Como descobrir novos prazeres quando tudo parece se resumir a uma unica rotina? Incrivel, mas eu sei a resposta. Melhor: eu encontro sempre a resposta. 

Espero que assim seja. Que as respostas estejam ao meu alcance e quando nao estiverem, que a vida me forneca escadas para alcanca-las. Nao é pedir demais...