quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Conclusões sobre a cama compartilhada

Meninas

Muito obrigada pelos comentários, depoimentos e sugestões no último post. As informações que vocês deram foram muito importantes, assim como foi bem interessante ver como o problema da cama compartilhada com filhos maiores afeta um número bem maior do que eu imaginava e que isso se estende até uma idade bem considerável (algo perto da adolescência).

Nós não temos dificuldade em dividir a cama com a Mariana, mas realmente não queremos que isso se prolongue por muito tempo como foi o caso com o Serginho, por isso toda essa minha preocupação em como fazer para ela voltar a dormir sozinha (coisa que sempre fez). E a questão mais crucial de tudo isso é "até quando a cama compartilhada?". Como não existe uma resposta padrão nem para essa e nem para nenhuma outra questão da maternidade compilei algumas informações que vocês deram no post.

A primeira conclusão que cheguei partiu de um comentário da Ana Paula que isso talvez seja uma fase em que a Mariana está mais grudenta conosco, até por ter passado bastante tempo dormindo conosco no Brasil com uma mudança completa de rotina que já estávamos acostumadas por aqui. Por isso vou tentar ter bastante paciência e colocar as coisas no eixo com mais calma.

Segundo ponto é sobre insistir em deixar a criança chorando. Isso não serve para mim. Infelizmente ou não. Tenho um certo pavor de ver qualquer ser chorando. Ontem só para ilustrar vi um cachorro chorando na porta da loja da Nespresso, muito provavelmente porque estava com frio. De duas uma, ou sequestrava o cachorro e trazia para casa ou dava meia volta e acabava com o passeio. Fiquei com a segunda opção. Se me incomoda ver um cão que nem é meu chorando, imagine minha filha.

Terceiro ponto com base nos comentários da Carol P e da Carolina Pombo: ficar com ela até ela adormecer e usar a técnica dos 5 minutos. Acredito que isso dá para tentar. Acho que não deva ser fácil insistir no começo para que ela fique no berço, da mesma forma que não é fácil insistir para que ela fique na cadeirinha do carro. Mas é possível tentar. Seria uma variação da técnica do PU/PD que a "Encantadora de Bebês" descreve no livro. O que eu já tinha tentado no PU/PD não funcionou porque acabou despertando ainda mais a Mariana e atrapalhando o sono de vez. Nesse caso ao invés de pegar no colo seria ficar com ela próxima do berço, fazendo um cafuné, deitando-a quando ela se levantasse, até que o sono chegasse.

Agora só falta por as mãos na obra e insistir para que ela fique no berço. E dá-lhe força e coragem para não ceder ao impulso irresistível de dormir com essa coisa fofa na cama. O futuro agradece.

Depois eu conto se consegui fazer ela se acostumar no berço e como está sendo o resultado.

Bjs

Lu

8 comentários:

  1. Oi Lu, estou atrasada no comment, mas vou deixar minha opinião sincera. Não é uma crítica a vc ou qualquer outros pais, mas ao método. Eu sou 100% contra, não vejo um benefício sequer, a não ser que fica mais cômodo pros pais quando o bebê é novinho e a mãe amamenta ou se o bebê está doente, etc. Eu acho que contribui (contribui, não necessariamente "causa") para a criança crescer insegura e para uma co-dependência pais-filhos que eu nãoa cho saudável. Sem contar que eu acho ruim pra vida do casal. Não estou nem dizendo sexualmente, porque isso dá-se um jeito, mas a intimidade e a separação das identidades. São muito importante aquelas conversas à noite antes de dormir e principalmente deixar de ser pai/mãe e se tornar apenas marido/mulher de novo. Li muitos relatos de cama compartilhada na net e ao vivo, e 99% dos casos os pais se arrependeram no futuro.

    Mas como eu disse, essa é minha opinião sobre o tema. Sobre o seu caso, eu acho que a técnica que as meninas tentaram é a melhor mesmo. Aqui em casa Bebella nunca dormiu com a gente, se ela acorda a noite e não quer saber de dormir, faço o PU/PD, que nessa idade já virou PD (ela fica em pé no berço e a gente a deita). Deixar chorando jamais. Acho que o problema é que essa fase está coincidindo com o pico da ansiedade da separação com 1 ano +-. Bebella está nessa e está num grude impossível comigo e com o pai. Até colo que ela nunca gostou agora pede toda hora. Então se ela está nesse momento de insegurança em separar-se de vc, é ainda mais necessário usar uma técnica que desenvolva a segurança dela, como PU/PD ou 5 minutos ou ir afastand-se do berço...

    Espero que dê certo, boa sorte e bjos

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  2. também penamos um tanto com o isaac e até hoje é complicado faze-lo dormir no berço. ele dorme na minha cama depois o levamos pro quarto dele.
    affff
    mas vamos aos poucos.
    bjocas e boa sorte

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  3. Oi Lu!
    Depois de passar 1 mes no Brasil aconteceu a mesma coisa comigo e com a Luisa. Ela se acostumou a dormir comigo e chegando aqui nao queria mais dormir sozinha na sua cama. Tudo muito lindo e gostoso, mas a verdade é que como ela e meu marido se mexem muito a noite era eu que nao dormia.
    O que eu fiz foi acostumar ela pouco a pouco, por etapas a dormir na cama de novo. Eu embalava ela no meu colo, mas colocava ela ainda acordada no berço e depois fazia cafuné/carinho/cantava até ela dormir. No começo nao era facil pq ela ficava de pé na cama e começava a chorar. Pegava ela no colo de novo ate se acalmar e depois berço ainda acordada. Assim até ela se render. Ainda assim dormia num colchao do lado caso ela acordasse no meio da madrugada pra ver que eu estava ali. Mas cada uma na sua cama.
    Quando achei que ela ja estava acostumada com o quarto e a dormir de novo na sua cama passei pro meu quarto. Quando ela acorda vou la faço um cafuné, um shhhh e ela volta a dormir.

    Espero ter ajudado vcs.
    Um beijo, Isadora.

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  4. Oi, Lu,
    Cheguei aqui de pára-quedas e li este post junto com o anterior. Sua experiência com o Serginho realmente foi atípica, por causa do tempo sem o marido. O normal não é que a criança queira dormir tanto tempo com os pais. A maioria pede pra ter seu próprio quarto ali pelos 3 ou 4 anos.
    Mas pensando na Mariana, que tem a mesma idade da Emília, deixo aqui minha experiência:
    Emília foi pra nossa cama aos 8 meses, no auge da ansiedade da separação, pouco depois de eu voltar a trabalhar. Ela acordava inúmeras vezes, e pra evitar o desgaste de ficar levantando, a colocamos na nossa cama. Ela continuou acordando o mesmo número de vezes, mas nós passamos a dormir um pouco melhor.
    Logo depois, com uns 10 meses, ela começou a só voltar a dormir mamando. Eram 5, 6 vezes por noite, e não tinha colo de pai que desse jeito.
    Pensei em intervir, mas como ficava longe dela o dia todo, me convenci que era a forma dela de compensar minha ausência, que era uma fase e que ia passar. Decidi então que só tomaria alguma medida se ela continuasse assim depois de 1 ano.
    Quando Emília completou um ano, estávamos de férias. Com papai e mamãe em casa e sem viajar, ela entrou sozinha numa rotina e passou a dormir muito melhor, acordando só umas 2x por noite. Como ela sempre começou a noite no berço, acabava ficando ali às vezes até umas 4h, quando acordava a 1a vez.
    As férias acabaram e tudo piorou.
    Então descobri que estava grávida, e junto com a crise de volta às aulas, comecei a dar perda total com as noites em claro. Daí acionei o marido.
    O combinado seria que ela dormiria no berço até acordar, e o Rafael iria lá para fazê-la dormir de novo. Depois disso, ele dormia com ela no outro quarto e eu ficava trancada no meu, com a porta fechada. Ele só me chamaria se Emília estivesse desesperada.
    Na 3a noite com esse arranjo, ela já estava dormindo a noite toda no berço. Acordava, mas quando adormecia de novo no colo do pai, era pro berço que ela voltava. O Rafael fez tudo sozinho.
    Hoje ela ainda mama de madrugada, mas é praticamente já de manhã (4h-5h, o que pra ela já é alvorada porque ela não percebeu ainda que o horário de verão acabou).
    Enfim, a passagem da cama compartilhada com mamãe e papai de volta pro berço passou por essa transição: cama compartilhada só com o papai.
    Sei que é difícil pra uma mãe ouvir o filho chorar e ficar na cama (veja bem, ela nunca ficou sozinha chorando, sempre com o pai), mas às vezes a gente tem que confiar no marido. Aqui nós conseguimos porque não tínhamos outra opção: eu PRECISAVA dormir.
    fica o relato. É bem diferente da sua situação (você não trabalha e seu marido sim, o que acaba levando as madrugadas pro lado materno), mas de repente pode ser algo a se pensar. O marido dorme mal por uns dias, depois melhora.
    Beijos!

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  5. Eu gostaria de entender porque algumas pessoas acham que "ser mais cômodo" pra mãe é um defeito, mas enfim, não era sobre isso que eu ia falar.

    Tem um livro muito bom sobre esses problemas pra dormir, com várias dicas boas. Chama Soluções para Noites sem Choro, só não sei o título em inglês, mas se vc quiser posso ver aqui pra vc.

    Eu atualmente estou com a Alice na minha cama tb. Meu marido está trabalhando em SP e ela está num grude sem fim comigo, acho que tem medo que eu suma tb. Então, depois do primeiro sono da noite, não tem cristão que a convença de que seu lugar é no berço e não no meu colo ou cama. Pra evitar esse stress da madrugada, principalmente pq eu não tenho com quem dividir e pq preciso trabalhar no dia seguinte, resolvi levar de vez pra minha cama.

    Ela dorme no berço um pouco, até que eu termine minhas coisas. MInha hora de dormir? Cato no berço e levo logo pra cama. Assim eu durmo e por enquanto é só isso que interessa. Sei que daqui a pouco vou ter que lidar com o mesmo que vc está lidando, mas minha filosofia é de um problema de cada vez...rs

    Beijos

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  6. Imagino q ñ deve ser fácil mesmo, nossa!
    mas com força e coragem, tdo dará certo vc vaiv er.
    bjus grande.

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  7. Que bom poder ajudar! Tenha muita paciência nas próximas semanas, se quiser mesmo usar este método. Demora para o bebê entender que o ritual do sono mudou. Tomara que funcione! Esses dias achei um livro muito interessante que você provavelmente vai gostar: "Soluções para noites sem choro: de 1 a 6 anos", da Elizabeth Pantley. E sobre deixar o filho chorar, falarei lá no blog, em algum momento... tenho visto muitas mães dizerem isso, mas fico com uma pulga atrás da orelha. Será que é tão ruim assim deixar que a criança suporte a própria tristeza e aprenda a lidar com ela? Será que é tão ruim assim deixá-la chorar em certas situações? Enfim... coisas a pensar e debater.

    Grahnde beijo

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  8. Lu, acho que todo mundo já comentou bastante sobre a cama compartilhada. É um assunto longo e cada um tem uma opiniao diferente. O importante é que com paciencia e amor, a gente descobre o jeito certo de colocar tudo no lugar, fazendo o melhor para os filhos e para nós. Existe um site na net que retrata muito o assunto: http://solucoes.multiply.com/ Existe também um livro que me indicaram, mas somente em ingles, o que nao vai ser problema pra vc. Vou ver se acho o nome e te passo depois. Talvez possa ajudar.
    Beijos

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