quinta-feira, 18 de março de 2010

O dia de furar a orelhinha

Oi pessoal

Antes de mais nada, gostaria de agradecer a todos que comentaram no meu post sobre o meu leite materno que estava acabando. Todos os comentários me deram um ânimo a mais porque realmente eu estava bastante preocupada com esse assunto. O que parece incrível é que o meu leite tem aumentado de quantidade nesse período que estou aqui no Brasil. Talvez seja porque estou descansando mais, já que não tenho responsabilidade de cuidar da casa e etc, ou seja o calor, ou melhor ainda, amor da minha família que tenho recebido por aqui. Mas a verdade é que tenho conseguido amamentar melhor a Mariana. Já por dois dias ela mamou apenas 1 mamadeirinha e meia de leite artificial o dia todo. Muito bom, principalmente porque ela está bem redondinha e acho que o pai e o irmão que estão chegando hoje a noite, vão ficar surpresos com o crescimento dela.

E ontem foi um dia bastante atípico na vida da Mariana. Resolvi levar a pequena para furar a orelhinha. Na verdade há algum tempo estava querendo realizar essa pequena tortura com a pequena, mas não achava quem fizesse.

Pois bem, em Viena a pediatra portuguesa velhinha não quis furar porque disse que ela era muito pequena e que preferia que eu furasse no Brasil quando viesse para cá. Chegando aqui falei com a minha tia que é enfermeira, mas ela disse que não tinha coragem (????).

Então resolvi levar a Mariana numa farmácia e pedir para furar com a pistola. Eu tenho minha orelha furada desde a maternidade e depois de adulta furei duas vezes para fazer o segundo furo. Na primeira vez, foi furada a mão e ficou horrivel e doloroso. Acho que ficou torto e aguentei ficar com o brinco 2 dias apenas. Daí o furo fechou. Na segunda vez fui na famácia e foi furada com a pistola. Deu tudo certinho e nunca mais tive problema.

Foi horrível. Gente, como é ruim ouvir o choro por algo totalmente desnecessário. Eu não fiquei olhando porque acho que não iria aguentar. O pior é ouvir o barulho da pistola, o choro desconsolado em seguida e pior, saber que tem o outro lado ainda. Terrível. Mas agora é tarde, a dor já é passado e ela está uma gracinha. Ótimo porque as pessoas vão parar de perguntar se é menino. Isso daria assunto para um post inteiro, mas fala sério. A Mariana tem uma super cara de menina e aí você está com uma ela vestida de rosa do cabelo aos pés, com uma manta rosa, dentro de um carrinho rosa e uma criatura vem te perguntar se é um menino? Dá vontade de dar uma resposta bem mal-educada.

E para completar, Mariana descobriu há alguns dias que tem mão. O que é uma gracinha, mas ao mesmo tempo me deixa preocupada porque ela já não gosta muito de chupeta e a mão parece ser bem mais interessante. Bem, a chupeta você joga fora daqui um tempo e mão como faz? O Sergio chupava o dedo e segundo a minha sogra foi um sacrifício fazer ele parar. Eu não usei nem chupeta, nem dedo, praticamente nasci adulta, haha. Sem contar que acho mais perigoso ser contaminada pela mão do que pela chupeta. A tendência é que as pessoas sem noção logo peguem na mãozinha do bebe e esses dias que eu estava na rua me passou até a idéia de passar alcool em gel na mão dela de tanta pegação que ela sofreu. Então por enquanto tenho tentado tirar a mão da boca e colocar a chupeta, mas o negócio está complicado.

Maridão e filho chegando, e as festas começando. Esse fim de semana tem o batizado dela e prometo lindas fotos.

Bjs a todos.

Lu

segunda-feira, 15 de março de 2010

Noticias nossas....

Oi pessoal

Aí que não tenho tido tempo para escrever no blog, por isso vou escrever bem rapidinho como foi nossa chegada no Brasil e como tem sido os ultimos dias por aqui.

Viajamos no dia 06 de março, exatamente no dia de mesversário da Mariana. Saímos de Viena às 7 da manhã, mas tinhamos chegado no aeroporto às 5. Esse primeiro trecho de viagem entre Viena e Amsterdam passou bem rápido e a Mariana dormiu o tempo todo. No aeroporto andei com ela no sling porque despachei o carrinho juntamente com a mala. Carreguei comigo além da minha bolsa, a diaper bag e uma mala de mão com roupas para uns 2 dias.

Chegamos em Amsterdam às 9 e o nosso voo partia às 10, ou seja, tinhamos cerca de meia-hora para atravessar o aeroporto que é gigantesco e passar pela imigração. Tudo deu tempo e ainda bem que contei com a ajuda de uma amiga que estava viajando junto porque carregar as malas de mão estava bem dificil.

Embarcamos no avião e às 10:05 nosso voo partiu. São 12 horas de voo até São Paulo e inacreditavelmente a Mariana se comportou maravilhosamente bem. É incrível como as pessoas te olham com uma cara de descontentamento quando veem um bebe no voo. Acho que já ficam imaginando 12 horas de choro e um voo que por si só já é cansativo, muito pior ainda. Mas a nossa pequena não fez feio. Cerca de meia hora após o embarque colocaram a cesta para ela descansar e ela dormiu diretão 4 horas. Deu tempo de almoçar tranquila, tomar um cafezinho, só não consegui dormir nem um pouquinho. Ela acordou porque tive que coloca-la no colo porque passamos por uma área de turbulencia e o cesto não possui cinto de segurança. Diferente dos voos internos, no colo da mãe é acoplado um cinto de segurança para o bebe preso no cinto da mãe.

Ela só ficou mais chatinha quando faltavam 3 horas para chegar no Brasil, horário que seria o do banho e do descanso dela em Viena. Mas mesmo assim o trabalho foi bem pequeno. Levantei com ela e fiquei um pouco em pé na cozinha do avião. Fiquei conversando com as aeromoças e com o chefe da cabine e todos me diziam que ela é um amor, que é muito querida, quietinha. Uma brasileira disse que ela é uma santa. Enfim, a viagem foi muito boa, e eu que estava super ansiosa, acabei me acalmando.

Chegamos em São Paulo e recebemos a noticia de que o carrinho tinha ficado em Amsterdam, menos mal porque já estava achando que era a mala. Acabei pegando o carrinho em Curitiba na segunda-feira que cheguei ao Paraná.

Em São Paulo ficamos hospedados na casa da minha amiga Arlete que já conhecia a Mariana desde a primeira notícia da gravidez. Foram dias muito bons e fiquei com gostinho de quero mais. A nossa recepção pela familia foi maravilhosa e a Mariana se sentiu em casa.

Na segunda-feira dia 08, partimos para o último trecho rumo ao Paraná. Para quem já tinha viajado tanto tempo esse trecho foi tirado de letra e a Mariana novamente se comportou muito bem, dormindo o tempo todo no avião. Chegamos no aeroporto em São José dos Pinhais e meu irmão estava nos esperando. Nesse último trecho tive a companhia da minha amiga Daiani que ficou a semana toda conosco aqui no Paraná.

Desde então estamos na casa da minha mãe e todos estão aproveitando para babar na Mariana. Ela só não está melhor porque pegou um resfriado no fim da semana passada, mas já está melhorando. Tem dormido bem, passeamos por alguns lugares e no fim da semana vamos para a casa da outra avó. É claro que ela não aguentou esperar e já esteve esse fim de semana por aqui para conhecer a netinha. A segunda menina depois de mais de 13 anos e 4 meninos na familia.

No próximo sábado será o batizado da pequena e no outro fim de semana o casamento do meu cunhado. Ainda tem algumas coisas a providenciar como a minha roupa que até agora não vi. Mas tudo vai dar certo.

É isso aí. Logo eu volto com fotos da pequena maravilhosa que está mais linda ainda com os ares tropicais.

Bjs a todos.

Lu

quarta-feira, 3 de março de 2010

Está acabando....

Oi pessoal

Estou fora da blogosfera porque ando bastante ocupada esses dias. Pra começar a semana tivemos a renovação dos nossos vistos aqui em Viena e o cadastramento para o visto da Mariana. Apesar de nascida aqui na Austria mesmo, a Mariana é considerada cidadã brasileira, pois não existe acordo de solo para os nascidos aqui. Portanto é necessário a concessão de visto para ela também.

Hoje tivemos retorno com o pediatra velhinho e a Mariana está pesando 4740 gramas. Aumentou 700 gramas em 17 dias. Finalmente está um pouco mais cheinha. A parte ruim dessa história é que ela somente aumentou de peso porque iniciamos com o leite artificial há uns 10 dias atrás.

A história é a seguinte: do Serginho eu tinha leite para dar e vender. Literalmente. Enquanto amamentava ele ainda sobrava leite para amamentar o filho de uma vizinha que havia nascido uma semana depois que o Serginho e a mãe não tinha leite. Então toda a tarde ela levava o rebento para mamar em casa. Era um absurdo a diferença de tamanho e peso entre o Serginho e o bebe ( não tenho certeza, mas acho que o nome dele é Yves). Como uma ótima criticadora de vidas alheias, eu achava ridículo que a mãe não tivesse leite e apostava que ela nem tinha oferecido o seio para o menino, já que eu tinha quase morrido de dor com seios rachados , que chorava porque tinha ficado com horriveis estrias, mas me mantive firme no propósito de amamentar. E tinha mais, por causa daquela minha "dor" e das minhas "estrias" é que o meu filho era maior e mais gordo (e mais bonito) que o filho dela. Era um misto de desprezo pela mãe e dó pela criança.

Mal sabia que da minha próxima vez quem não teria leite seria eu. Tá, não sei o que aconteceu dessa vez. A verdade é que tenho muito pouco leite. Desde o começo da amamentação tudo aconteceu diferente do que foi com o Serginho. O máximo que tive que usar até agora foram alguns absorventes de seio para a noite porque durante o dia não corre o risco de vazar. Do Serginho eu usava uma fralda direto dentro do sutiã porque nada impedia que o leite sujasse a minha roupa. Meus seios que passaram do manequim 38 para o 48 pareciam infinitamente maiores com todo aquele volume dentro.

Dessa vez comecei a ficar preocupada com o aumento de peso da Mariana, pois ela não estava se desenvolvendo tanto como o Serginho. Ok, ela é uma pessoa diferente, mas percebi que após a mamada ela continuava puxando o bico do seio, se irritava e começava a chorar (coisa que ela só faz em casos extremos). Eu costumo tirar minhas dúvidas no livro da Encantadora de bebes e num determinado capítulo sobre a amamentação ela falava que se tivesse dúvida de quanto leite o bebe estava ingerindo, ela sugeria que bombeasse uma vez ao dia e somasse cerca de 30 ml ao que foi retirado porque na amamentação a criança consegue sugar mais do que a bombinha. Foi o que eu fiz. No primeiro dia consegui tirar 50 ml, no segundo 40 ml e no terceiro 30 ml. Sempre retirei nos mesmos horários (de manhã) perto do horário que ela deveria mamar. Depois de quase uma semana de desespero percebendo que a pequena continuava com fome após a mamada, tomei a decisão de comprar o leite artificial e ver no que ia dar. Comprei o Aptamil 1 e já na primeira mamada, após ela ter mamado no seio, ela mamou 60 ml. E assim tem sido. Sempre ofereço o seio até ela sugar tudo o que tem, e depois de esvaziar e não sair mais nada e se ela continuar nervosa faço uma mamadeirinha com o Aptamil. Isso tem ocorrido umas duas vezes ao dia.

Já me chateei bastante porque sei que dessa vez poderia amamentar até bem mais tempo, pois não tenho que voltar de licença. Totalmente diferente do que foi com o Serginho que tive que incluir o leite e outros alimentos com 3 meses e meio porque voltei a trabalhar exatamente no dia que ele fazia 4 meses e não tinha como amamentar no meio do dia, pois trabalhava em uma cidade e morava em outra.

Bom, agora nada mais me resta do que tentar continuar o máximo possível com o leite que tenho, porque sei que melhor um pouco de leite materno do que nada. Mas que dá uma dor no coração, isso dá!!

Bjs.

Lu