E foi assim...

Oi pessoal

Depois de uns dias de descanso dos blog´s e afins, cá estamos e justamente para contar como foi do dia tão esperado do nascimento da Mariana. Aqueles que acompanham o blog sabem como eu estava ansiosa nos últimos dias, afinal de contas além de ser o parto da nossa filhinha querida tinha todo o stress de parir fora do Brasil e longe de todos os nossos parentes mais chegados.

Então vamos lá.

No dia 06 de janeiro acordei às 05:15 hs sentindo contrações. Resolvi cronometrar para ver como estava e percebi que ocorriam de 15 em 15 min. Percebi também que estava perdendo o tampão mucoso. Fiquei na cama até umas 7 horas e achei melhor não acordar o maridão, pois ainda estava muito devagar.

Continuei cronometrando as contrações e elas continuavam de 15 em 15 min. Após às 13 horas começaram a ocorrer de 5 em 5 min, mas ainda na mesma intensidade de dor que antes. Porém depois de um tempo voltaram a ocorrer de 15 em 15 min. Aí começei a me preocupar, pois imaginei que talvez o parto demorasse bem mais do que eu poderia suportar.

Às 16 horas resolvemos que eu iria para o hospital, pois apesar de saber de que do jeito que estava não nascia nenem, fiquei preocupada com o bem-estar da pequena após quase 12 horas de contrações. Ligamos para a médica e saímos de casa debaixo de quase um metro de neve.

Chegamos ao hospital às 16:30 e fui levada para uma sala de monitoramento dos batimentos do coração do baby e das contrações. A doula fez o exame de toque e disse que eu estava com 1 dedo de dilatação. Acredito que se estivesse no Brasil, o obstetra nessa hora já teria mandado para a cesarea, afinal de contas já fazia bastante tempo que estava com dores e nada de dilatação. Os resultados dos exames foram bons e a doula me encaminhou para o quarto e pediu para aguardar até mais ou menos as 18:30 hs e que ela faria novamente o exame de toque.

Às 18:45 hs ela me chamou e fui direto para a sala de parto. Ah, é bom salientar que a sala de parto é exatamente igual ao quarto comum do hospital, somente tem a mais um aparelho de ultrassom, o de monitoramento das batidas do coração do baby e um computador que as doulas vão informando os dados de como anda o parto. O exame revelou mais uma vez que eu continuava com 1 dedo de dilatação. Ela me explicou que iria fazer uma massagem para ajudar o colon do utero a dilatar, mas que seria outra enfermeira que acompanharia meu parto, pois seu turno estava acabando. Tanto essa que foi embora como a nova doula simplesmente eram fantásticas, super carinhosas, delicadas e profissionais ( e acima de tudo falavam inglês). Nunca imaginei esse tipo de postura principalmente porque os austriacos em geral são pessoas muito fechadas.

Às 18:55 hs a bolsa rompeu. Acredito que por causa da massagem feita pela doula, não sei.. A nova doula me encaminhou para uma banheira para aliviar um pouco a dor e fiquei lá por cerca de 45 min quando senti que a dor começou a aumentar e pedi para sair. Nessa hora perguntei para a doula onde estava a minha obstetra e a que horas eu iria tomar a anestesia. Ela me informou que a Dra. Flores (obstetra) estava chegando e que não daria tempo de tomar anestesia. Não era bem o que eu gostaria de ouvir, mas já estava sentindo que a Mariana estava nascendo.

Assim que cheguei na sala de parto a médica chegou . A doula me perguntou se eu conseguia ficar em pé e não deitada na cama. O chão estava todo coberto e eu nem imaginava o porquê. Ela me falou para que quando comecasse a sentir a dor ficasse agachada com os cotovelos sobre a cama. Logo em seguida comecei a sentir as dores de expulsão do bebê. Perguntei para a médica sobre a episiotomia e não me recordo o que ela respondeu porque as dores estavam muito fortes. Só meu lembro de que a doula falou que estava vendo a cabecinha e pediu para fazer força. Acho que senti umas 6 contrações e ela nasceu... 3220 gramas e 51 cm (para quem falava que era uma bonequinha pequeninha, hehe) .... Assim... sem anestesia, sem episiotomia e em pé. Nunca, nem em meus sonhos imaginei que seria assim.

As dores realmente foram muito fortes. Bem diferente do parto do Serginho que apesar de ter sido mais demorado não senti essas contrações mais doloridas que são as de expulsão do bebê, pois tomei a anestesia quando estava com cerca de 8 cm de dilatação.

Logo em seguida eles me deram a Mariana no colo e o Sergio cortou o cordão umbilical. A médica começou a suturar e após fui para um quarto de repouso onde fiquei até a meia noite, sendo que depois fui para o quarto.

Desde o momento do nascimento, a Mariana não saiu de perto de mim. Só foi examinada pelo pediatra no dia seguinte e mesmo assim com a presença do pai. Ficamos no hospital 4 dias porque meu leite demorou um pouco a descer e o pediatra só libera a partir do momento que a criança recupera um pouco seu peso inicial. O atendimento do hospital e da equipe médica, de enfermagem e de berçário simplesmente foram maravilhosos. Acho que o atendimento prestado pela doula foi excelente e se eu fosse dar uma nota para ela seria 10.

Estamos ha 11 dias apaixonados por essa princesa. Até o Pepe não pára de ficar olhando para ela. Ela é muito boazinha, só reclama quando está com cólicas, mama muito bem. Um espetáculo. Uma perfeição em pessoa. A pele é macia e cor-de-rosa. Ela é tudo o que eu imaginava e muito mais. Os nossos dias se tornaram muito mais coloridos apesar de todo o inverno que se passa do lado de fora do apartamento.

O seu registro de nascimento é o número 1 da folha número 1 do livro número 1 de 2010 da Embaixada do Brasil em Viena e ela já tem passaporte. Uma brasileirinha nascida em Viena. Segure essa menina quando crescer, já estou até vendo!!!

Agora me desculpem, mas tenho que ficar babando um pouco mais.

Bjs.

Lu