segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Do bom e do melhor....

Oi pessoal

Esse fim de semana estivemos novamente no Outlet próximo de Viena para comprar alguns presentinhos de Natal. Como não iremos ao Brasil por conta da gravidez, receberemos a visita do meu cunhado, esposa e seus dois filhos (Melina com 13 e Bruno com 9 anos). Estou bastante ansiosa com a chegada deles pois serão as nossas primeiras visitas em terras estrangeiras. Sem contar que amo de paixão essa família.

Mas a história por aqui é outra. Tenho pensado muito na exigência que fazemos para dar do bom e do melhor para os nossos filhos e para nós mesmos. Essa nossa ida ao Outlet novamente me fez pensar um pouco. Como as coisas mudaram de uns anos para cá. Não me considero consumista. Não é o fato de estarmos morando fora que me fez pensar que as pessoas estão cada vez mais exigindo dar a si mesmas aquilo que consideram do melhor. Até porque se tem um povo que não liga para isso com certeza é o austríaco. É pelo povo brasileiro mesmo, e nele incluam-me também.

Eu acho que a natureza humana faz com que as pessoas evoluam as suas necessidades básicas e fiquem mais refinadas com o seu gosto pessoal. Creio que seja bastante natural isso. Mas me pergunto até onde isso vai. Até onde a nossa felicidade depende dessa exigência de refinamento e de consumismo. É claro que o dinheiro pode comprar muito mais conforto e é bem mais fácil de se acostumar com as coisas boas, mas a questão é por que fazemos disso um meio para ser feliz.

Eu acho que no fundo, a minha vinda para a Europa fez o efeito inverso com a minha cabeça. O fato de estar morando em Viena tornou a minha vida bem mais simples do que quando vivia em SP. Parece sem sentido, mas é isso mesmo. Viver fora do Brasil é muito menos glamuroso do que viver em SP. É claro que tem um divisor de águas nessa história toda que é o fato de eu não trabalhar fora e viver uma vida mais pacada em casa. Mas tenho absoluta certeza de que se estivesse em SP nessas mesmas condições (sem trabalhar) minha vida seria ainda assim bem diferente do que aqui. A correria do dia-a-dia é maior para quem trabalha, mas não muito diferente para quem fica em casa. A possibilidade de ir a trocentos e cincoenta shoppings que ficam abertos 24 hs nessa época de Natal propicia ainda mais o consumismo. A obrigatoriedade de provar a comida de um restaurante famoso pedindo uma garrafa de vinho caríssima e de fazer isso pelo menos sei lá quantas vezes no mês é muito maior.

Concluindo, acho que a gente é feliz com bem menos do que imagina e que muitas vezes aquilo que achamos ser essencial, nem é tão importante assim. Ou então estou virando um pouco austríaca e menos brasileira e não estou percebendo. Sei lá, cabeça de grávida é uma caixinha de surpresas, uma caixinha com um monte de perguntas que por enquanto não tem respostas. E já que é assim, vamos seguindo felizes pensando um pouco de vez em quando ou não pensando quando não der vontade.

Bjs a todos.

Luciana

4 comentários:

  1. Lu querida, sei muito o que voce esta falando. No Brasil a gente pensa que nao vive sem: maninucre, depilaçao , empregada, baba, isto e aquilo. Quando vai para fora, a realidade é outra. E ai voce ve que certas coisas ja nao sao tao importantes...adoro o seu blog. Ja fui para Austria, mas nunca para Viena. Espero poder ir umdia!!!! beijos

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  2. Lu, se nao tiver prazo, eu faço um para voce sim, pois estou suuuuuper mole com o trico.... !!!!
    pode ir me cobrando, viu? :-)
    beijinho

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  3. Lu, se nao tiver prazo, eu faço um para voce sim, pois estou suuuuuper mole com o trico.... !!!!
    pode ir me cobrando, viu? :-)
    beijinho

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  4. Lu,
    Entendo bem o que voce falou, depois que me mudei para a Europa, tive que me adaptar com coisas que antes eram parte da minha vida. Agora quando vou ao Brasil, estranho certas futilidades que antes eram fundamentais. hehehe
    E difil explicar para quem nao vive isso, pq muitas vezes nao entendem e acham um absurdo certas coisas.
    Bjs

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